segunda-feira, 5 de setembro de 2011

LAVAR AS MÃOS AJUDA OS MÉDICOS A SALVAR VIDAS

Um médico não gostou do que leu e protestou. Mas não tem razão. Com este título foi publicado um artigo no Diário de Notícias de 4 de Maio de 2.008
por
ANA BELA FERREIRA 04 Maio 2008http://www.dn.pt/Common/Images/img_dn/icn_comentario.gif
Falta de higiene das mãos dos médicos é uma das principais causas de infecções hospitalares. O Hospital de S. João tinha em 2006 uma taxa de infecção de 19%, mais do dobro nacional, o que levou o director clínico a decretar processos disciplinares para quem não lavasse as mãos. A taxa está nos 13% . As infecções hospitalares são mais um dos flagelos que os médicos tentam combater. Muitas vezes, à doença que levou o paciente a ser hospitalizado junta-se uma infecção associada aos cuidados de saúde. No mundo inteiro, são cerca de 1,4 milhões os doentes afectados por estas infecções, das quais cerca de 40% são transmitidas pela falta de higiene das mãos dos clínicos, diz o último relatório da Organização Mundial de Saúde (OMS). Em Portugal, 8% dos doentes hospitalizados é vítima de uma infecção hospitalar, segundo dados de 2003 da Direcção-Geral de Saúde (DGS). No Hospital de S. João, no Porto, essa média era, em 2005, de 19%, número que levou o então director clínico, António Ferreira, a decretar a instauração de um processo interno a todos os profissionais de saúde que não lavassem as mãos. A fiscalização ficaria a cargo dos próprios profissionais de saúde e dos seus superiores hierárquicos. Hoje, quase dois anos depois da aplicação da medida, "o indicador interno do hospital aponta para os 13%", revela a directora clínica adjunta do S. João, Margarida Tavares. Para a médica, "o problema é que, para cumprir as regras do controlo de infecção, o pessoal hospitalar tem de lavar as mãos centenas de vezes". 

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