segunda-feira, 30 de maio de 2011

POLTERGEIST - OS APEDREJAMENTOS NA SERRA DE SINTRA




Fiz um estudo sobre uma interessante e desenvolvida notícia publicada no «Correio da Manhã» de 17 de Outubro de 1982, um jornal que ainda poderá ser lido nas principais bibliotecas portuguesas. É uma prova de que fenómenos de natureza paranormal poderão afectar qualquer um, em qualquer lugar. E aquele incidente envolveu não apenas a vítima principal (médium involuntária) mas ainda várias dezenas de outras pessoas, incluindo jornalistas, militares da GNR e bombeiros.
Através do jornalista Vitor Mendanha e do fotógrafo Hermínio Clemente, aquele diário português publicou uma extensa reportagem intitulada «Choveram pedras durante 6 horas sobre uma mulher», acompanhada de fotografias do local dos acontecimentos e de alguns dos protagonistas.
«Durante mais de seis horas caíram pedras do espaço sobre dezenas de pessoas idóneas na Quinta da Penha Verde em Sintra, obrigando os caseiros a chamarem a GNR e os bombeiros daquela vila, os quais também foram atingidos pelos calhaus, respondendo a tiros de rajada sobre inexistentes apedrejadores. Este caso, a que até os soldados da GNR não atribuem razão natural, deu-se no passado domingo e teve como principal intérprete Elvira da Conceição Teodoro, mulher do caseiro Avelino da Costa Gonçalves que cuida, desde há bastante tempo, daquela quinta … pertencente à família Ernesto Rau…».
Declarou José Ribeiro, dos Bombeiros Voluntários de Sintra:
«Domingo à noite…a GNR veio cá ao quartel pedir o nosso gerador e projectores. Quando chegámos à Quinta da Penha Verde chovia pedrada por todo o lado e os guardas andavam ao tiro para o ar e para as moitas, julgando tratar-se de homens que os estavam a apedrejar...».
Acrescentou o jornalista:
«O bombeiro José Ribeiro era acompanhado por outros colegas, como os soldados da paz Joaquim António e Eduardo Silvestre, e começou a fazer pouco da cena, dizendo não acreditar em bruxarias, mas foi nessa altura que lhe aconteceu algo de insólito….»
«Mal disse que não acreditava que estivesse a chover pedras, veio um calhau na minha direcção e, se não me afasto, partia-me a cabeça. Ainda está a marca no portão, e o mais esquisito é que as pedras estavam quentes… Por mais que ela (a mulher do caseiro) fugisse, os projécteis iam lá ter. A certa altura a mulher veio para junto do jipe da GNR e as pedras começaram a cair nesse local. Achei então que vinham do outro mundo pois, mesmo as que acertavam nas outras pessoas, como aconteceu com guardas, não magoavam, mas as que caíam sobre o jipe deixavam marcas na chapa… ».
Prosseguiu o articulista:
«Era já noite cerrada e mais de vinte homens da GNR, vindos dos quartéis de Sintra, Algueirão e Colares, tentavam descobrir ainda a razão da chuva de pedregulhos, alguns deles com o volume duma mão fechada… Também veio um carro-canhão dos BVS para disparar milhares de litros de água… Como, apesar da madrugada ir alta, não cessava o apedrejamento, as forças da ordem e os bombeiros, impotentes para resolverem o problema, regressaram aos quartéis para voltarem no dia imediato, segunda-feira, pois o fenómeno continuou, só terminando quando Elvira da Conceição Teodoro e os filhos abandonaram a quinta para irem viver numa pequena casa perto de Queluz
O fenómeno das pedras voadoras começou pelas sete horas, quando o caseiro Avelino Gonçalves ouviu bater algumas no portão…. Recorda-se de a primeira sessão de pedrada ter sucedido em Abril do ano passado quando cavava batatas … No entanto desta vez foi demais e até os cães ganiram e fugiram….
O local é isolado, no sopé da serra, a meio caminho entre Sintra e Monserrate…. No posto da GNR conseguimos falar com alguns soldados que lutaram contra as pedras na noite e madrugada do passado domingo, disparando tiros e sendo alvejados por algumas. Um deles garantiu-nos: as pedradas vinham de todos os lados, sem barulho, e uma delas caiu-me no braço, sem me magoar, apesar de ser grande. Outra atingiu um camarada meu na cabeça … e nem sequer o feriu… Desde que vigiassem a mulher do caseiro com a luz dos projectores, os calhaus deixavam de cair mas, mal tiravam a luz de onde ela se encontrava, também a chuva de pedradas regressava em força
Havia que procurar a principal vítima do apedrejamento sem explicação natural e encontrámos Elvira da Conceição Teodoro num bairro pobre perto de Queluz, rodeada pelos seus filhos, todos menores … Aparenta 35 anos mas sofre de epilepsia desde muito nova e a sua vida tem sido um inferno … Elvira da Conceição Teodoro não entrou em contradição sobre o que aconteceu na Quinta da Penha Verde, sendo o seu depoimento precisamente idêntico ao do marido, ao dos bombeiros e ao dos guardas da GNR…».

Para os cépticos e ignorantes dos fenómenos parapsicológicos,  esta será uma história tão inverosímil que mais lhes parecerá uma brincadeira de mau gosto. No entanto, as provas dos acontecimentos, os locais e alguns dos intervenientes ainda poderão ser encontrados e investigados hoje. De resto, anomalias desta natureza acontecem todos os dias, um pouco por todo o lado. Trata-se de um fenómeno conhecido dos parapsicólogos, designado por «poltergeist». Segundo os espíritas, são almas do outro mundo que se divertem desse modo, utilizando a mediunidade de alguém, naquele caso a da mulher do caseiro, que era epiléptica.

Óscar Quevedo referiu-se a esses fenómenos a páginas 320 do segundo volume de «As Forças Físicas da Mente»:
«Como há fantasmas de animais, há também fantasmas de coisas inanimadas. Nas chamadas casas mal assombradas são frequentes as quedas de pedras, paus, pregos, frutas, etc. Às vezes esse fenómeno pode ser devido à telecinesia desses mesmos objectos reais… Mas muitas vezes essas pedras, paus e frutas que caem nas casas mal assombradas explicam-se pela fantasmogénese, tratando-se de objectos não muito grandes. O dotado não precisará exteriorizar muita energia para plasmá-los e eles podem alcançar certo grau de consistência e aparecem inteiros. Não se trata porém de objectos reais, de verdadeiras pedras de calcário ou granito … mas de objectos ectoplasmáticos….».

3 comentários:

  1. Se eu fosse agente da autoridade ou bombeiro e se tivesse assistido àquelas cenas, pedia a demissão

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  2. Sou investigadora do paranormal, mas sei que nem todos os fenómenos paranormais incluem assombrações, e o caso do Poltergeist de Sintra é um dos que nao inclui. Não investiguei este caso de Sintra, mas investiguei muitos outros, entre eles um caso que ocorreu há alguns anos perto de Serpa, e que passou na nossa televisão, a TVI adorou o caso. Não faltaram organizações evangélicas que foram a este monte exorcizar o Diabo. O problema é que o Diabo não tinha nada a ver com o assunto, a casa nem era assombrada. O problema estava num dos filhos do casal, na altura com 13 anos, que por aquilo que chamamos energia psicorrágica determinava os fenómenos. Consegui controlar a situação, mas este rapaz, sem acompanhamento devido, terá sempre problemas do foro psicológico. Acredito em assombrações, tenho uma teoria própria quanto ao assunto, mas quando se trata de paranormal, o que é assombrado é, o que não é não é. O paranormal nem sempre tem resposta no "além", mas na pessoa que determina os fenómenos. Há pouco tempo comecei a tratar um assunto no Algarve que é realmente uma assombração. Já visitei a quinta onde ocorreram os factos da famosa "Bruxa de Bell" (EUA, Adams, Tennessee), também tenho a minha explicação para aquele fenómeno, não é uma assombração tradicional, mas digamos que é assombrado, ou uma "assombração latente", que pode ser negativa, ou positiva. os actuais proprietários desta quinta não querem demasiadas investigações nem publicidade, têm medo de "acordar um monstro". Quanto ao caso de Sintra, a resposta em Elvira, que também sofre de epilepsia, geradora de muitos fenómenos de poltergeitst, ou de "possessão". No caso de Serpa também existia um historial de epilepsia. é um erro associar Poltergeist a assombração, mas fez-se isso graças ao filme "Poltergeist". Há muitas ideias feitas quanto ao paranormal, cada caso é um caso, mas antes de procurar a resposta no Além, há que procurar na pessoa que determina os fenómenos. Eu, quando investigo um lugar supostamente assombrado, trabalho por Telebulia (oposto de Psicorragia), obtenho as informações, modelo-as, mas mantenho a situação controlada. Das investigações que já fiz, e foram muitas, posso dizer que 10 % correspondem a verdadeiras assombrações.

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  3. Sou investigadora do paranormal, mas sei que nem todos os fenómenos paranormais incluem assombrações, e o caso do Poltergeist de Sintra é um dos que nao inclui. Não investiguei este caso de Sintra, mas investiguei muitos outros, entre eles um caso que ocorreu há alguns anos perto de Serpa, e que passou na nossa televisão, a TVI adorou o caso. Não faltaram organizações evangélicas que foram a este monte exorcizar o Diabo. O problema é que o Diabo não tinha nada a ver com o assunto, a casa nem era assombrada. O problema estava num dos filhos do casal, na altura com 13 anos, que por aquilo que chamamos energia psicorrágica determinava os fenómenos. Consegui controlar a situação, mas este rapaz, sem acompanhamento devido, terá sempre problemas do foro psicológico. Acredito em assombrações, tenho uma teoria própria quanto ao assunto, mas quando se trata de paranormal, o que é assombrado é, o que não é não é. O paranormal nem sempre tem resposta no "além", mas na pessoa que determina os fenómenos. Há pouco tempo comecei a tratar um assunto no Algarve que é realmente uma assombração. Já visitei a quinta onde ocorreram os factos da famosa "Bruxa de Bell" (EUA, Adams, Tennessee), também tenho a minha explicação para aquele fenómeno, não é uma assombração tradicional, mas digamos que é assombrado, ou uma "assombração latente", que pode ser negativa, ou positiva. os actuais proprietários desta quinta não querem demasiadas investigações nem publicidade, têm medo de "acordar um monstro". Quanto ao caso de Sintra, a resposta em Elvira, que também sofre de epilepsia, geradora de muitos fenómenos de poltergeitst, ou de "possessão". No caso de Serpa também existia um historial de epilepsia. é um erro associar Poltergeist a assombração, mas fez-se isso graças ao filme "Poltergeist". Há muitas ideias feitas quanto ao paranormal, cada caso é um caso, mas antes de procurar a resposta no Além, há que procurar na pessoa que determina os fenómenos. Eu, quando investigo um lugar supostamente assombrado, trabalho por Telebulia (oposto de Psicorragia), obtenho as informações, modelo-as, mas mantenho a situação controlada. Das investigações que já fiz, e foram muitas, posso dizer que 10 % correspondem a verdadeiras assombrações.

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