Juntaram-se perto do Colombo várias gajas e gajos, todos estudantes, daqueles que frequentam a escola apenas para fazerem barulho, insultarem professores, agredirem colegas e roubarem telemóveis.
O presumível líder do bando, um cadastrado de 18 anos de idade, ordenou batam naquela que eu filmo para o facebook!
E de imediato duas tipas bravas, uma de 16 e outra de 15 anos, atiraram-se com ódio a uma indefesa acompanhante de 13 anos, enquanto outros aplaudiam a tourada.
Foi um vídeo de sucesso que percorreu a internet, as televisões e os jornais. O lorpa, antes de se aperceber de que, desta vez, poderia ter problemas, ter-se-á sentido um herói. Ainda retirou a prova do crime do facebook, mas já não foi a tempo.
Este não passou de um dos numerosos incidentes que ocorrem todos os dias por este País fora e não prendem a atenção das autoridades. Estas consideram-nos irrelevantes, continuando as vítimas sujeitas às sevícias dos delinquentes.
Mas, surpreendentemente, neste caso a justiça foi exemplar. Dura e rápida! Tudo investigado e resolvido enquanto o diabo esfrega um olho. A agressora mais velha e o bandido do telemóvel foram prontamente detidos, ouvidos pelo Juiz e encarcerados, e os mirones que aplaudiram a agressão foram constituídos arguidos.
A agressora de 15 anos, para não ser caçada, fugiu para parte incerta.
A todas as pessoas de bem agradou este modo célere e eficaz de agir da justiça portuguesa. Talvez durante uns tempos alguns dos jovens bandoleiros que frequentam escolas pensem duas vezes antes de cometerem crimes.
Pena é que se trate de um procedimento isolado, seguramente o primeiro deste tipo em Portugal. A regra é a total impunidade dos facínoras, sobretudo quando estes têm menos de 16 anos de idade. Daí que seja urgente legislar no sentido de tornar imputáveis todos os criminosos com mais de 11 ou 12 anos de idade.
Uma outra história, de contornos bem mais graves, veio há pouco tempo publicada no Correio da Manhã. Dois malandros, um de 14 e outro de 15 anos de idade, atraíram a si um indivíduo de 19 anos e tentaram assassiná-lo à paulada e à facada, a uns cem metros da escola que frequentam. A vítima foi transportada para o Hospital em estado grave. Mas os dois malfeitores, de peito inchado, continuam a mostrar-se na escola como se nada tivesse acontecido, insultando professores e atemorizando os colegas, que agora os tratam com maior reverência, por medo.
Sem comentários:
Enviar um comentário