domingo, 21 de agosto de 2011

A VIDA EM SOCIEDADE


A vida em sociedade é inevitável por constituir a única forma de os indivíduos satisfazerem as necessidades de subsistência e manutenção da espécie, e até as suas realizações enquanto seres humanos. Poucos conseguirão viver isoladamente durante muito tempo. E nos raros casos de sobreviventes isolados de longa duração que têm sido detectados, estes apresentam-se num estado de desenvolvimento próximo do dos animais selvagens como aconteceu com alguns soldados japoneses da segunda guerra mundial, escondidos durante décadas nas matas de algumas ilhas do Pacífico, e mais recentemente com uma rapariga de 27 anos de idade encontrada por um lenhador na selva do nordeste do Camboja, a qual se perdera com oito anos de idade. Ao ser «caçada» não falava nenhuma língua compreensível e caminhava como um macaco, acreditando ter sido libertada por espíritos. Uma história publicada no «Correio da Manhã» de 20 de Janeiro de 2.007 e desenvolvida pelas estações de televisão portuguesas no mesmo dia. Essa inevitabilidade de viver-se em sociedade, se por um lado é um bem, por outro não deixa de ser um mal na medida em que favorece o desencadeamento de cargas psicológicas negativas, acirradas pela concorrência de uns com os outros, potenciadora de conflitualidades e sentimentos negativos como o egoísmo, a inveja, o ódio, a vaidade, a arrogância e até a ambição desmedida. O comportamento e o equilíbrio das pessoas estão condicionados pelas suas relações com as outras. E o modo de agir de certos indivíduos, irrepreensível quando isolados, muda substancialmente em grupo. Nas guerras aparecem soldados tímidos e pacifistas que se transformam em seres agressivos e assassinos. E pela política passam pessoas honestas que se convertem em ladrões sem escrúpulos. É a corroboração do sábio ditado popular segundo o qual a ocasião faz o ladrão.
Texto do autor do blogue

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