Os jovens dos países ocidentais, influenciados por uma visão materialista das coisas, tendem a adiar o equacionamento da sua existência, inclinando-se para uma filosofia hedonista em que o importante é viver intensamente um dia de cada vez, buscando o prazer e fugindo do sofrimento, mesmo que para tal tenham de ingerir destruidoras drogas químicas que no início lhes criam sensações de passageira felicidade mas que conduzem depois ao descalabro da mente, do corpo e da vida social. Os drogados transformam-se em seres irracionais, perigosos e amorais, que roubam sem hesitação os familiares e os amigos e assaltam pelo impulso de obter dinheiro para manter o vício.
E por mais que se esforcem os religiosos muçulmanos no sentido de não deixarem os seus jovens seguir tal caminho, empurrando-os para Alá, também estes não deixarão de ser influenciados pelas catadupas de turistas ocidentais semi-despidos que lhes invadem os seus países, acabando os habitantes locais por se adaptarem às novas modas e desejarem adoptá-las, muitos deles abandonando a túnica ou o véu tradicionais usados pelos pais e avós. Nas mais isoladas aldeias dos países do norte de África e da Turquia notei a abundância de antenas parabólicas que levavam diariamente aos televisores dos habitantes as imagens dos hábitos pecaminosos do ocidente. Os governantes desses países demonstram tolerância ao não proibirem as antenas. Mas uma minoria de conservadores resiste com violência à universalização dos maus costumes, sem se aperceber de que terão a longo prazo a sua batalha perdida. Um dia os maometanos não se distinguirão dos cristãos do ocidente e acabarão por aceitar as libidinosas carícias públicas entre casais heterossexuais e adaptar-se-ão até, quem sabe, a cenas de beijos amorosos entre homossexuais aos quais imaturos governantes de alguns Estados ocidentais vêm atribuindo o direito ao casamento e à adopção de crianças. E a droga não arruinará a juventude dos países de Maomé apenas enquanto se mantiver a repressão e continuarem fixadas pesadas penas, incluindo a morte.
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