A assustadora situação financeira da Europa degrada-se todos os dias. Cada País, antes de cair, grita sempre que está bem de saúde e que o vizinho do lado é que está mal.
Prodi apela ao Governo italiano para “reagir”, num editorial no diário IL Messaggero publicado, onde afirma também que a Itália está numa situação económica muito mais sólida que a de Espanha.Segundo o antigo primeiro-ministro italiano, as elevadas taxas de juro que a Itália está a ser obrigada a pagar para emitir as suas obrigações devido à turbulência nos mercados torna “vãs” as medidas de austeridade decididas a meio do mês pelo Parlamento italiano. “Devemos reagir ao egoísmo alemão”, escreve Prodi, citando números publicados recentemente pelo Financial Times segundo os quais o Deutsche Bank vendeu a quase totalidade das suas obrigações italianas, num montante de oito mil milhões de euros. Esta decisão constitui “um sinal impressionante de falta de confiança” dado aos investidores, que insta o Governo italiano a protestar junto do Governo alemão contra esta venda maciça de obrigações. Prodi insiste também nas principais diferenças existentes, segundo ele, entre a Itália e a Espanha, ambas sob pressão dos mercados há várias semanas, sublinhando que a Espanha sofre de um maior défice orçamental, um sistema bancário mais fraco e uma taxa de desemprego mais elevada. Romano Prodi foi presidente da Comissão Europeia entre 1999 e 2004, depois de ter dirigido o Executivo italiano como primeiro-ministro de 1996 a 1998.
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