segunda-feira, 6 de junho de 2011

O LEMOS


De todos os secretários de estado dos dois governos de Sócrates, Lemos terá sido o pior.

Além de um inábil político, foi um técnico de baixa qualidade. Conquistou inutilmente o ódio de 200 mil professores e colocou o ensino básico e secundário quase ao nível do das «novas oportunidades», uma mascarra na Educação à qual ficará, juntamente com Lurdes, indelevelmente ligado no resto da sua vida.

Como se isso não bastasse, Sócrates mudou-o para o lugar de secretário de estado do emprego onde também deu nas vistas pelas piores razões, embora sem as consequências devastadoras que causou na Educação.

 Em vez de ter apontado os «professorecos» (a expressão é sua) como os responsáveis pela má qualidade do ensino, poderia ter-se limitado a dizer a óbvia verdade: nessa classe, como em todas as outras, uns profissionais são bons, outros são razoáveis e alguns são maus, devendo estes últimos ser afastados. O bom ou mau estado do Ensino é tão só uma consequência dos bons ou maus desempenhos dos governantes.

Curioso é que ele próprio foi um humilde «professoreco» eventual do ensino básico e secundário, embora posteriormente, aproveitando as facilidades do regime, tenha atingido a posição de presidente de um politécnico, apesar de não ser doutorado.

O seu protector Sócrates, para não parecer que o deixaria politicamente desempregado, deu-lhe o 4º lugar na lista de deputados por Castelo Branco. E o homem não foi eleito. Ficámos assim libertos de voltar a ver esta figura a mexer naquilo que não domina.

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