segunda-feira, 20 de junho de 2011

ASSIS E SEGURO

Assis                                         Seguro






Assis pareceu-me algumas vezes aproximar-se demasiado do grupo que ostentava o símbolo da rafeirice e estar preocupado sobretudo em defender a voz do dono, o que caiu mal no eleitorado mais intelectualizado e esclarecido. No entanto, de Assis tenho a ideia de tratar-se de um homem instruído, inteligente e de fácil argumentação.

Seguro, com um pé em Deus e outro no Diabo, vem-se limitando, nos últimos anos, a andar bem penteado e a segurar o seu lugar partidário sem se comprometer demasiado com os rafeiros radicais. Era óbvio que, tendo mais olhos que barriga, alimentava grandes ambições. Mas deu-me sempre a convicção de ser um vazio de ideias, uma criatura relativamente ignorante, elevada à categoria de «Senhor» por este sistema político-partidário falível e de baixo grau de exigência. Para além da simples militância partidária, para si tão benéfica, não lhe conheci profissão alguma, sabendo que obteve tardiamente um curso numa universidade privada onde viria mais tarde a dar aulas, actividade facilitada pela sua qualidade de militante partidário destacado. Essa função «académica» permite-lhe agora apresentar-se como «professor universitário», embora nem possuindo sequer o fácil mestrado que já poderia ter obtido na sua escola antes dos quase 50 anos de idade que já tem.
Seguro empenhou-se nestes anos em controlar parte da máquina do partido, constituída por umas centenas de pequenas secções com poucos militantes activos e onde reinam em geral o baixo nível de escolaridade e os pequenos grupelhos de chicos-espertos com os olhos postos nos lugares públicos a distribuir.

Ao invés, Assis, embora sendo preferido pelos militantes de maior isenção e instrução, mais preocupados com os problemas do País, não terá grandes hipóteses de ganhar o lugar de secretário-geral do PS porque controla uma parte inferior da mesma máquina partidária.

Em conclusão direi que a seguir à queda do governo de Passos Coelho, se a partidarite democrática ainda existir, Seguro será o primeiro-ministro que se seguirá




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