quarta-feira, 26 de outubro de 2011

AS GAIVOTAS


Como tirar da minha cabeça o espectro da violenta crise económica que se aproxima e me rouba o sono? Arranquei com o audi e estacionei-o junto do acesso ao pontão. Olhando o vazio, percorri lentamente os 900 metros da estreita estrada que entra pelo mar dentro. Mas ao iniciar o percurso de regresso, algo de estranho prendeu a minha atenção. Vindas da zona do porto, muitas centenas de gaivotas, que me fizeram lembrar aviões de combate, sobrevoaram a estreita península artificial e dirigiram-se para o mar alto. Que seria aquilo? Alguma batalha? Foram na direcção de uma traineira que, a duas milhas da costa, regressava da faina. Buscavam comida e depositavam grandes esperanças naquela embarcação, que conheciam bem.

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