Foi o dia em que uns tantos capitães
do quadro, defendendo a sua carreira profissional, investiram contra o Decreto-Lei nº 373/73. Muitos deles desejavam
apenas a morte do Decreto e não o fim do Governo, não se queriam meter em
alhadas nem se sentiam motivados para elas. Mas, desencadeado o movimento, ao
qual aderiram à última hora personalidades que lhe deram melhor sentido e
credibilidade, todas as instituições existentes foram empurradas para o charco:
governo, parlamento, Presidente da República, pide/dgs, legião, Acção Nacional
Popular, etc. Depois, porque os capitães não tinham pensado nisso antes, colocaram-se sérias questões ideológicas que dividiram gravemente os autores do golpe militar. Sobre o confuso movimento dos capitães, que se esboroou rapidamente, ergueram-se dois
grandes líderes civis: Álvaro Cunhal, que queria implantar aqui a mesma ditadura do proletariado que
conhecera na União Soviética, e Mário Soares que, ao mesmo tempo que procurava arredar os militares do
jogo político, reivindicava para Portugal a mesma
democracia ocidental que conhecera em França. Soares venceu com grande mérito
pessoal, embora lhe sejam atribuídas responsabilidades graves, também imputáveis a muitos outros, na
péssima e precipitada gestão da descolonização que levou a desgraça a milhões de seres humanos.
Os velhos capitães de Abril andam agora por aí muito insatisfeitos com a grave crise instalada e não aceitam de bom grado que o governo eleito dependa das ordens de um pequeno grupo de
funcionários de instituições internacionais, que emprestam dinheiro ao Portugal falido. Seguindo os «capitães», Soares e outros decidiram não festejar o 25 de Abril. O ideal, em minha opinião, seria
que nunca mais ninguém se lembrasse de celebrar esta data e acabassem de vez
aqueles discursos bolorentos, balofos e completamente vazios de sentido, que vêm incomodando as inteligências ainda sãs. E o feriado de 25 deveria desaparecer, juntamente com os outros que a troika vai eliminar.
Olhe meu amigo Serrano(permita me que o considere assim)foi a exposição mais simples e realista que eu li sobre o 25 Abril,sem ferir ninguem,apenas diz a verdade dos factos.A maioria dos portugueses nunca ouviu falar nesse famigerado dec.lei,mas foi ,como diz,ele o GRANDE causador dessa data.Sou ex combatente e era oficial paraquedista e sei muito bem que assim foi.Parabens e obrigado.Zé Tavares
ResponderEliminarQUEM SABE, SABE. a verdade dos factos vai-se diluindo. O MOVIMENTO NO INICIO NÃO PASSAVA DE CORPORATIVO.
ResponderEliminarPorque é que os antigos«capitães de Abril», agora enquadrados na respectiva Associação, se foram enfiar em lojas maçónicas, consideradas por muitos autênticas «associações de malfeitores»?! Terão eles visado algum proveito material?
ResponderEliminarEssa história do 25 de Abril já enjoa, mete nojo. Sem prejuízo de alguns efeitos positivos que dela derivaram por um mero acaso, essa pseudo-revolução gerou a aparição de sucessivas camadas de aldrabões e ladrões que, pela via da política suja, se auto enriqueceram e favoreceram os familiares e os amigos.
ResponderEliminarO Zé tanto poderia ter sido um convicto nazi da Alemanha de Hitler (se tivesse vivido ali naquela época), um comunista russo radical estalinista (se tivesse vivido ali naquela altura), um dos mais famosos traficantes de droga (se tivesse nascido no meio deles), como um super-político aldrabão e ladrão, vivendo num PAÍS DE MERDAS.
ResponderEliminarO Marcelo Rebelo de Sousa fez um teatro tão indigesto no parlamento em 25 de Abril que tive muita pena do homem, o qual, mesmo assim,não desiste de estar em todas, mesmo quando tem de assumir a posição de palhaço do regime, como foi o caso.
ResponderEliminarNunca uma Troika deve definir quais sao os feriados num Pais soberano. PONTO!
ResponderEliminarSó li aqui idiotices contra ABRIL. Gostavam do Salazar e esquecem-se maldosamente que o MFA tinha um programa politico!. Cresçam!
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