quinta-feira, 19 de abril de 2012

E ainda não compreenderam que estamos num buraco

O Citigroup diz que o PIB português deverá recuar 5,4% este ano e 3% em 2013. O Banco de investimento mantém a previsão de que Portugal vai pedir um segundo pacote de ajuda este ano e reestruturar a dívida, com o envolvimento dos privados, em 2013. As estimativas pessimistas para Portugal constam de um relatório no qual o Citigroup antecipa uma quebra mais profunda para o PIB português. O desemprego, segundo as suas previsões, deverá subir para 15,6% este ano, antes de galgar para 17,3% em 2013.  Estes números são consideravelmente mais sombrios do que os avançadas por diversas instituições internacionais para a economia portuguesa, que apontam para uma queda de 3,3% do PIB este ano, seguida de uma estagnação em 2013, com o desemprego médio a ficar aquém de 15%.  Para tornar a dívida sustentável é necessário negociar um perdão de 50% da dívida detida por privados. Isto a par de um segundo programa de assistência financeira, que quantifica entre 50 e 65 mil milhões de euros, e que adiaria a perspectiva de regresso aos mercados. Com um segundo empréstimo, mas sem reestruturação, a dívida subiria para uns insustentáveis 146% do PIB em 2015/16.
Oito dos principais institutos de economia alemães, entre os quais o prestigiado Ifo, consideram "muito duvidoso" que a Grécia e Portugal consigam sustentar as respectivas dívidas públicas. A opinião está expressa num relatório que será hoje divulgado em Berlim. Os economistas germânicos manifestam ainda, no mesmo relatório, dúvidas quanto à sustentabilidade das dívidas da Espanha, Irlanda, e Itália. O documento vai ser hoje entregue ao governo federal.
Como se isso não bastasse, temos dois gigantes aqui ao lado (Espanha e Itália) prestes a tombar, o que, a acontecer, nos colocará na mais absoluta miséria porque os empréstimos de que agora beneficiamos serão cortados.

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