Um dia sonhei que esta mulher, vendo-me sozinho na rua à noite, desatou a correr atrás de mim. E eu, com quantas forças tinha, fugi como uma gazela e só parei em cima de um telhado onde aguardei, assustado, que ela desaparecesse. Tenho complexos com ela, causa-me angústia, mal-estar, Talvez precise de um psiquiatra para me curar desta perturbação emocional grave. Ao vê-la é como se visse o diabo… Tudo porque, tendo ela exercido o cargo de ministra da educação, a convite de um camarada que lhe queria agradecer não sei o quê, revelou-se a pior nulidade que jamais vira em lugares governativos. Ela dizia e fazia barbaridades sem sentido. Tendo sido (segundo constava) professora primária, perseguia os seus antigos colegas, acusando-os (tal como aos professores do secundário) de pertencerem a uma classe de incompetentes e sornas, medindo todos pela mesma bitola. Deixou o ensino em Portugal de pernas para o ar, com imensos ódios concentrados sobre a sua negativa pessoa. Depois, para compensar a sua mediocridade, o camarada Sócrates deu-lhe outro lugar importante, do qual não sei se já foi corrida.
Eu já havia esquecido este horrível pesadelo de duas pernas quando, inesperadamente, a vi depor perante uma comissão parlamentar que convocou a mulherzinha para ela explicar como foi possível que, durante o seu consulado negro, as obras nas escolas tivessem custado quatro vezes mais do que o previsto.
Durante a audição que se prolongou por mais de duas horas, a ex-ministra… fez uma defesa apaixonada do programa. “O programa da Parque Escolar foi uma festa para as escolas, para os alunos, para a arquitectura, para a engenharia, para o emprego e para a economia”, disse. (transcrição do jornal «Público»).
Um dos deputados perguntou-lhe se «dar dinheiro do Estado aos amigalhaços também é uma festa». Ele referia-se à notícia que transcrevi neste blogue há semanas.
A antiga ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, e o ex-professor João Pedroso, irmão do ex-ministro Paulo Pedroso, (que esteve preso por outras razões) vão ser julgados por prevaricação nas Varas Criminais de Lisboa. Em causa está o facto de a ex-governante, actual presidente da Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento, ter, no exercício das suas funções, estado envolvida na contratação do irmão de Paulo Pedroso para o “beneficiar patrimonialmente”, provocando desta forma um “prejuízo para o erário público”, alega o Ministério Público. O crime é punido com pena de prisão entre dois e oito anos.
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