segunda-feira, 30 de abril de 2012

António Indjai resiste como pode


Diz-se que Indjai, o comandante do golpe militar na Guiné (o do lado direito na foto), é o chefe do narcotráfico naquele país. Isolado e acossado, o homem desta vez não terá fuga possível, vive os seus últimos dias de vã glória. Provavelmente será em breve abatido, do mesmo modo como abateu outros que o precederam. Vale a pena ler o discurso e o currículum deste «patriota».

sábado, 28 de abril de 2012

Miguel Portas e a sua coragem


Não vou aqui chorar a morte do euro-deputado Miguel Portas. Tal tarefa caberá a Manuel Alegre, «a carpideira» habitual do regime. Limito-me a expressar admiração por este homem de cepa superior que há tempos decidiu anunciar publicamente a sua morte, de forma indirecta. Apesar disso viveu cada um dos dias seguintes com o mesmo frenesim e empenhamento na sua actividade política, como se nada estivesse para acontecer-lhe. 

quarta-feira, 25 de abril de 2012

O dia da morte do Decreto-Lei nº 353/73


Foi o dia em que uns tantos capitães do quadro, defendendo a sua carreira profissional, investiram contra o Decreto-Lei nº 373/73. Muitos deles desejavam apenas a morte do Decreto e não o fim do Governo, não se queriam meter em alhadas nem se sentiam motivados para elas. Mas, desencadeado o movimento, ao qual aderiram à última hora personalidades que lhe deram melhor sentido e credibilidade, todas as instituições existentes foram empurradas para o charco: governo, parlamento, Presidente da República, pide/dgs, legião, Acção Nacional Popular, etc. Depois, porque os capitães não tinham pensado nisso antes, colocaram-se sérias questões ideológicas que dividiram gravemente os autores do golpe militar. Sobre o confuso movimento dos capitães, que se esboroou rapidamente, ergueram-se dois grandes líderes civis: Álvaro Cunhal, que queria implantar aqui a mesma ditadura do proletariado que conhecera na União Soviética, e Mário Soares que, ao mesmo tempo que procurava arredar os militares do jogo político, reivindicava para Portugal a mesma democracia ocidental que conhecera em França. Soares venceu com grande mérito pessoal, embora lhe sejam atribuídas responsabilidades graves, também imputáveis a muitos outros, na péssima e precipitada gestão da descolonização que levou a desgraça a milhões de seres humanos. Os velhos capitães de Abril andam agora por aí muito insatisfeitos com a grave crise instalada e não aceitam de bom grado que o governo eleito dependa das ordens de um pequeno grupo de funcionários de instituições internacionais, que emprestam dinheiro ao Portugal falido. Seguindo os «capitães», Soares e outros decidiram não festejar o 25 de Abril. O ideal, em minha opinião, seria que nunca mais ninguém se lembrasse de celebrar esta data e acabassem de vez aqueles discursos bolorentos, balofos e completamente vazios de sentido, que vêm incomodando as inteligências ainda sãs. E o feriado de 25 deveria desaparecer, juntamente com os outros que a troika vai eliminar

segunda-feira, 23 de abril de 2012

O golpe militar na Guiné e o golpe militar do 25 de Abril

Os militares da Guiné-Bissau fazem o que querem porque têm armas distribuídas. Quando os seus interesses pessoais, por mais ilegítimos que sejam, são descurados, eles derrubam o poder civil enquanto o diabo esfrega um olho, mostrando que estão acima de tudo e de todos. Mas em Portugal as coisas não são muito diferentes. Quando o governo de Marcelo Caetano, por não haver oficiais do quadro em número suficiente para as guerras de África, mandou publicar uma lei que permitia que os oficiais milicianos mais experientes seguissem a carreira militar até ao posto de coronel, os capitães do quadro (e só os capitães, por serem os únicos «afectados») prepararam e consumaram um golpe militar. A história da «revolução patriótica» dos capitães de Abril, da qual tanto temos ouvido falar, é uma grande treta!  A bem da verdade, repetirei o que já aqui disse. Eles não estavam minimamente preocupados com os superiores interesses da Nação, pensaram apenas nos seus próprios interesses mesquinhos. Fizeram um golpe militar por causa de um simples Decreto-Lei! E ainda agora, devido à gravíssima crise financeira, estando as promoções e carreiras congeladas para todos os servidores do Estado, os homens armados bateram o pé, os ministros atemorizaram-se e o governo abriu uma excepção para eles! Os abrilistas não querem saber da crise para nada, muito menos dos concidadãos! Querem é saber de si próprios! Cortem-lhes algum direito e eles ameaçarão com as armas! Tal como na Guiné!
E Otelo, o chefe do golpe militar, bateu-se depois do 25 de Abril, empenhadamente, não por criar uma democracia política mas pela imposição da ditadura do proletariado, contrariada por Mário Soares. E, ainda hoje, ele não está calado! Em entrevista à Agência Lusa, Otelo Saraiva de Carvalho vai ameaçando: "Os militares pertencem à classe burguesa, estão bem, estão bem instalados, têm o seu vencimento, vão para fora e ganham ajudas de custo, são voluntários e os que estão reformados ainda não viram a sua reforma diminuída". Mas a situação pode mudar no dia em que os militares perderem os seus direitos". "Se isso acontecer é possível que se criem as tais condições necessárias para que haja um novo 25 de Abril". Otelo, que não é mentiroso, lembrou que «o movimento dos capitães iniciou-se precisamente por "razões corporativistas", nomeadamente quando "os militares de carreira viram-se de repente ultrapassados nas suas promoções por antigos milicianos, através de um decreto-lei...".

As mentiras de Gaspar

Vítor Gaspar diz que Portugal está "no bom caminho" para o crescimento económico e a criação de emprego. Mas é evidente que continuamos lançados numa medonha corrida para o empobrecimento galopante da classe média...

Mais uma viagem inútil e abusiva

A escandalosa e inútil viagem vem anunciada no diário da república de hoje. Cavaco Silva e a sua Maria partem de novo para 12 dias de férias. Uma passeata de sonho: Timor, Indonésia, Austrália, Singapura… Tudo à nossa custa e num momento de grande penúria. Quem trava esta gente?

sábado, 21 de abril de 2012

Porque é inconstitucional a lei que corta a uns, e não a outros, os subsídios de férias e de natal

Disse hoje a ministra da justiça que Portugal está na bancarrota e o governo não vai pagar subsídios porque não tem dinheiro. E ela teria plena e legal razão se os subsídios (ou o valor correspondente) fossem cortados a todos os contribuintes, com idêntico critério, independentemente de aqueles serem suportados pelo Estado ou por entidades privadas, de as «vitimas da extorsão» serem funcionários públicos armados ou civis, trabalhadores do BP ou de outro qualquer banco. Isso defendeu, aliás, o Presidente da República. Está-se perante uma inconstitucionalidade grosseira, pior ainda, está-se perante um acto de flagrante e revoltante injustiça. Andaria muito mal o tribunal constitucional se não reconhecesse a ilegalidade da medida, apenas possível por ter sido tomada com radicalismo teimoso e ignorante.Diz a tal ministra que seria uma grande desgraça para o país se o governo fosse obrigado a pagar os subsídios. Mentira! Bastará fazer o mesmo que foi feito com o subsídio de natal de 2011: pagaram todos pela mesma medida, e não apenas alguns! Vejo a malta do governo confusa, cada um berrando disparates contraditórios entre si. O próprio ministro das finanças está a perder a credibilidade que tinha.

A pesada herança deixada por Salazar/Caetano

As reservas de ouro do Banco de Portugal ascendem a 382,5 toneladas, e valem actualmente 16.300 milhões de euros, o equivalente a 7,5 por cento da dívida pública. Segundo números do World Gold Council, organização internacional de empresas do sector do ouro, com base em dados do Fundo Monetário Internacional, as reservas de ouro de Portugal são actualmente as décimas quartas maiores do mundoEssas 382 toneladas são a parte que resta da «pesada herança» de quase 900 toneladas de ouro que Salazar e Caetano deixaram ao País no ano de 1974. Sabe-se que Vitor Constâncio, governador do BP, vendeu 224 toneladas entre 2002 e 2006.

Quando a China crescer

Se a percentagem de veículos na China fosse igual à dos Estados Unidos o consumo chinês de petróleo excederia largamente toda a produção mundial, indica um estudo divulgado este sábado no China Daily.
consumo de petróleo no mundo
produção de petróleo no mundo

quinta-feira, 19 de abril de 2012

E ainda não compreenderam que estamos num buraco

O Citigroup diz que o PIB português deverá recuar 5,4% este ano e 3% em 2013. O Banco de investimento mantém a previsão de que Portugal vai pedir um segundo pacote de ajuda este ano e reestruturar a dívida, com o envolvimento dos privados, em 2013. As estimativas pessimistas para Portugal constam de um relatório no qual o Citigroup antecipa uma quebra mais profunda para o PIB português. O desemprego, segundo as suas previsões, deverá subir para 15,6% este ano, antes de galgar para 17,3% em 2013.  Estes números são consideravelmente mais sombrios do que os avançadas por diversas instituições internacionais para a economia portuguesa, que apontam para uma queda de 3,3% do PIB este ano, seguida de uma estagnação em 2013, com o desemprego médio a ficar aquém de 15%.  Para tornar a dívida sustentável é necessário negociar um perdão de 50% da dívida detida por privados. Isto a par de um segundo programa de assistência financeira, que quantifica entre 50 e 65 mil milhões de euros, e que adiaria a perspectiva de regresso aos mercados. Com um segundo empréstimo, mas sem reestruturação, a dívida subiria para uns insustentáveis 146% do PIB em 2015/16.
Oito dos principais institutos de economia alemães, entre os quais o prestigiado Ifo, consideram "muito duvidoso" que a Grécia e Portugal consigam sustentar as respectivas dívidas públicas. A opinião está expressa num relatório que será hoje divulgado em Berlim. Os economistas germânicos manifestam ainda, no mesmo relatório, dúvidas quanto à sustentabilidade das dívidas da Espanha, Irlanda, e Itália. O documento vai ser hoje entregue ao governo federal.
Como se isso não bastasse, temos dois gigantes aqui ao lado (Espanha e Itália) prestes a tombar, o que, a acontecer, nos colocará na mais absoluta miséria porque os empréstimos de que agora beneficiamos serão cortados.

Eles agem como se Portugal fosse uma grande potência

O primeiro ministro Coelho andou há dias por Moçambique a garantir a continuação de donativos àquele país, dinheiro que teremos de mendigar ao estrangeiro..
O ministro das finanças Gaspar está convencido de que somos um exemplo para o mundo pois foi agora aos Estados Unidos demonstrar que Portugal "serve de lição", jurando ao FMI que os portugueses "estão  dispostos a sacrificar-se".
O ministro da Segurança Social Mota Soares inicia amanhã uma visita a Timor-Leste para assinar um protocolo de cooperação com as autoridades locais para apoio à criação do sistema de segurança social do país.Durante a sua estada vai deslocar-se a vários distritos, nomeadamente Aileu, Baucau, Viqueque, Lautém e Oeucussi, para visitar projectos que envolvem crianças e idosos timorenses apoiados por Portugal. Recorde-se que aquela meia ilha está a enriquecer com a exploração de petróleo e que nós continuamos a suportar o fardo de manter lá, a troco de nada, dispendiosos contigentes da GNR e centenas de professores de português que persistem em ensinar a nossa língua a quem não a quer aprender.
O ministro dos negócios estrangeiros Paulo Portas, na sequência do precipitado e inútil envio de aviões, navios e militares para as proximidades da Guiné, vai estar esta tarde numa reunião do Conselho de Segurança da ONU onde exigirá a intervenção de uma força de imposição ou de manutenção da paz na qual participará Portugal

domingo, 15 de abril de 2012

Guiné-Bissau, um beco sem saída

As coisas evoluíram muito rapidamente e o desfecho é previsível: um pequeno banho de sangue. Os militares que conduzem o golpe não têm, pela primeira vez na história da Guiné pós-independência, alternativa que lhes possa ser favorável: ou recuam e serão presos, ou combatem e serão mortos. Não decorrerão muitos dias sem que uma força constituída por militares de diversos países de língua portuguesa invada a Guiné e tome o controlo da capital. Num momento especialmente complicado para o País, o governo português, com o apoio da comunidade internacional, decidiu colocar-se nos cornos do toiro e enviou de imediato tropas para as proximidades. Sob pena de perder prestígio, se os golpistas decidirem fazer reféns portugueses em número apreciável, Portugal terá de cumprir a sua promessa e, sozinho ou acompanhado, deverá entrar na Guiné para salvar os seus cidadãos, correndo o risco de sofrer dezenas de mortos em combate durante as primeiras horas de intervenção.Entretanto os golpistas procuram, interna e externamente, conquistar terreno político.
http://www.tsf.pt/PaginaInicial/Internacional/Interior.aspx?content_id=2421585

sábado, 14 de abril de 2012

Na Alemanha existem funcionários públicos que nada fazem

"Estou bem preparado para a reforma", foi assim que um funcionário público alemão se despediu dos seus colegas através de um e-mail. Nos últimos 14 anos, não fez nada. O funcionário, de 65 anos, enviou um e-mail para os seus 500 colegas de emprego, no seu último dia de trabalho. “Desde 1998 estive presente mas não estive realmente aqui. Por isso, estou bem preparado para a reforma – Adeus”, disse o funcionário num e-mail publicado pelo jornal alemão “Westfalen-Post” e citado pelo “Telegraph”. O funcionário acusa as autoridades municipais de terem criado estruturas ineficientes que se sobrepõem e que são paralelas, que permitiram que fosse contratado um segundo engenheiro para fazer o seu trabalho, deixando-o sem nada para fazer.

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Portugal pronto a intervir militarmente na Guiné!

A Força de Reação Imediata das Forças Armadas portuguesas está a elevar o seu nível de prontidão devido ao agravamento da situação na Guiné-Bissau. Segundo fontes militares, forças especiais, pára-quedistas e fuzileiros receberam ordens nas últimas horas para aumentar a velocidade de resposta para "acautelar" qualquer eventualidade. A FRI, que tem meios dos três ramos das Forças Armadas que variam consoante o tipo de missão, pode ser deslocada em 72 horas e é comandada pelo chefe do Estado-Maior General.(jornal de Notícias on line, 15h24)
Esta rapaziada militar, para se afirmar, parece desejar mais uma guerrinha em África. Que temos nós, que vivemos aqui na Europa, na penúria, a ver com aquilo que se passa na Guiné?! A não ser que os militares vão lá apenas para salvar a vida dos portugueses residentes e trazê-los para cá... Claro que, mais tarde ou mais cedo, terá de haver ali uma intervenção militar internacional para pôr os traficantes de drogas e os bandidos armados na ordem. Mas isso levará o seu tempo. Entretanto, se os nossos militares lá forem, que tragam também o Silva, autor deste blogue, que nos dava preciosas informações e que foi preso há algumas horas.
http://ditaduradoconsenso.blogspot.pt/

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Pedro Mota Soares, a matraca, ou o camartelo

Ao ver o rapaz chegar de vespa para tomar posse do lugar de ministro, pensei «finalmente aqui vem um gajo pobre, honesto e competente para o governo do meu país». Mas poucos meses depois, quando o Mota Soares passou a deslocar-se num «audi» novinho em folha, topo de gama, que custou ao Estado 86 mil euros, concluí «afinal é um palerma igual aos outros». Há bocado estava a jantar e, olhando a televisão, vi-o pela primeira vez a dar uma entrevista. O homem não respondia às perguntas da entrevistadora, ele tinha a ladainha decorada na cabeça e limitava-se a pô-la na ponta da língua, despejava apenas a verborreia programada. «Ó Judite rrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrr», «Ó Judite rrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrr». Aquele não era um político claro e sereno, soava-me a matraca ou a camartelo ruidoso que me agredia os ouvidos. Desliguei o televisor.

Nadar em pântanos é uma festa para a dona Lurdes!


Um dia sonhei que esta mulher, vendo-me sozinho na rua à noite, desatou a correr atrás de mim. E eu, com quantas forças tinha, fugi como uma gazela e só parei em cima de um telhado onde aguardei, assustado, que ela desaparecesse. Tenho complexos com ela, causa-me angústia, mal-estar, Talvez precise de um psiquiatra para me curar desta perturbação emocional grave. Ao vê-la é como se visse o diabo… Tudo porque, tendo ela exercido o cargo de ministra da educação, a convite de um camarada que lhe queria agradecer não sei o quê, revelou-se a pior nulidade que jamais vira em lugares governativos. Ela dizia e fazia barbaridades sem sentido. Tendo sido (segundo constava) professora primária, perseguia os seus antigos colegas, acusando-os (tal como aos professores do secundário) de pertencerem a uma classe de incompetentes e sornas, medindo todos pela mesma bitola. Deixou o ensino em Portugal de pernas para o ar, com imensos ódios concentrados sobre a sua negativa pessoa. Depois, para compensar a sua mediocridade, o camarada Sócrates deu-lhe outro lugar importante, do qual não sei se já foi corrida.
Eu já havia esquecido este horrível pesadelo de duas pernas quando, inesperadamente, a vi depor perante uma comissão parlamentar que convocou a mulherzinha para ela explicar como foi possível que, durante o seu consulado negro, as obras nas escolas tivessem custado quatro vezes mais do que o previsto.
Durante a audição que se prolongou por mais de duas horas, a ex-ministra… fez uma defesa apaixonada do programa. “O programa da Parque Escolar foi uma festa para as escolas, para os alunos, para a arquitectura, para a engenharia, para o emprego e para a economia”, disse. (transcrição do jornal «Público»).
Um dos deputados perguntou-lhe se «dar dinheiro do Estado aos amigalhaços também é uma festa». Ele  referia-se à notícia que transcrevi neste blogue há semanas.
A antiga ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, e o ex-professor João Pedroso, irmão do ex-ministro Paulo Pedroso, (que esteve preso por outras razões) vão ser julgados por prevaricação nas Varas Criminais de Lisboa. Em causa está o facto de a ex-governante, actual presidente da Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento, ter, no exercício das suas funções, estado envolvida na contratação do irmão de Paulo Pedroso para o “beneficiar patrimonialmente”, provocando desta forma um “prejuízo para o erário público”, alega o Ministério Público. O crime é punido com pena de prisão entre dois e oito anos. 

terça-feira, 10 de abril de 2012

O polícia e a limusina

Estava esta manhã a conversar com o alfaiate da Vila quando parou à nossa frente uma enorme limusina, igual às que circulam em Nova Iorque. Olhámos com curiosidade aquela cena patega e ficámos espantados quando vimos sair do veículo um polícia muito badalado nos órgãos de informação pelas piores razões pois foi detido e apresentado ao juiz para aplicação de medidas de coacção por comandar a ilegalizada APAA «Associação dos Profissionais dos Amigos do Alheio». 

A situação actual dos trabalhadores chineses

Numa exposição feita perante diplomatas de dezenas de países, Li Yucheng referiu que "os trabalhadores chineses têm apenas 5 a 15 dias de férias pagas por ano, o que é menos de metade do que nos países europeus". Em muitas fábricas chinesas, o horário de trabalho excede por vezes as dez horas por dia, seis dias por semana, e o próprio salário mínimo, cujo valor varia de região para região, só foi introduzido na década de 1990. O salário mínimo mais elevado do país - 1.500 yuan (180 euros) por mês - é o que foi instituído este ano em Shenzhen, uma zona económica especial adjacente a Hong Kong. A economia chinesa cresceu em média 9,9 por cento ao ano ao longo das últimas três décadas, sendo hoje a segunda maior do mundo, a seguir aos Estados Unidos. Em 2011, o Produto Interno Bruto chinês cresceu 9,2 por cento, mas, dividido pela população do país (cerca de 1.350 milhões de habitantes), o valor per capita não chegou a 6.000 dólares - menos de um terço de Portugal.

domingo, 8 de abril de 2012

A crise financeira continua a agravar-se

As nuvens sombrias anunciadoras da catástrofe económico-financeira voltam a atingir o sul da Europa. Todos esperam para breve o estoiro final da Grécia e a seguir o de Portugal.
A agência de notação financeira norte-americana Egan-Jones diz que a crise da dívida na Europa caminha para o ponto mais crítico e refere que "Portugal irá cair de certeza …A injecção massiva de liquidez do Banco Central Europeu acalmou os ânimos nos mercados a curto prazo mas é uma tranquilidade enganosa …O BCE só atenuou o colapso do sistema, mas não pode evitá-lo… Em Espanha não há crescimento, o mesmo acontece em Itália. Quando a crise do euro voltar a agudizar-se um pouco mais, ambos os países cairão inevitavelmente na mesma situação que Portugal".
O Governo tem vindo a fazer o discurso de que tem uma meta: regressar aos mercados financeiros em Setembro de 2013. Em Nova Iorque, o ministro de Estado e das Finanças, Vítor Gaspar, chegou a desenhar o dia 23 de Setembro de 2013 no calendário. Ao jornal alemão ‘Die Welt’, Passos Coelho assume, agora, outro registo: "Eu não sei se Portugal regressará aos mercados em Setembro de 2013 ou mais tarde...».
A Segurança Social está perto do colapso, os descontos já não chegam para pagar pensões. 


sexta-feira, 6 de abril de 2012

A efémera glória da deputada Isabel Moreira


O facto de ser filha de Adriano Moreira, o sensato ex-ministro de Salazar e ex-presidente do CDS, facilitou-lhe a entrada tardia na «vida política». Foi convidada para deputada por José Sócrates, o político que ela diz ser a sua grande referência. Tem 36 anos de idade mas age como se tivesse 16. Tal como uma adolescente irrequieta, adora fazer-se ouvir, dar nas vistas… E aproveita o seu actual momento de «glória» para se pôr em bicos dos pés e procurar aparecer nos jornais e telejornais. Julga ter cometido um grande feito ao assumir a «coragem» de votar contra o Código Laboral proposto pelo actual líder do seu partido. Diz defender o casamento gay, a adopção pelos «casais» homossexuais, o aborto e a eutanásia. E, penso eu, se mais coisas aberrantes houvesse, também as defenderia. O importante é ficar na História. Não tem o dom da palavra mas fala, fala, não pára de falar... e ninguém a consegue calar…

quinta-feira, 5 de abril de 2012

O LEGADO DE SÓCRATES


Trata-se de uma fotografia tirada na catedral de Lisboa. São dois horríveis homens que, ao abrigo da lei de Sócrates, se casaram e resolveram fazer esta figura estranha. Cada um deles é o marido do outro. O que serve de fêmea talvez seja aquele que se apresenta com mamas de papelão e um vestido de noiva, exibindo um raminho de flores na mão direita…  Estes esposos, ao que se diz, dão-se agora mal um com o outro. Mas deixam um descendente cuja foto coloco aqui à esquerda com ternura. Um rapazinho que não vai ter vida fácil porque será disputado pelos dois pais-machos durante o processo de divórcio, que se prevê violento. Esta é a imagem de marca do governo português anterior, que copiou na íntegra a iniciativa panasca do socialista espanhol Zapatero. Olhando para o infeliz bebé, noto que mais se parece com aquele político do que propriamente com o pai sem mamas, o presumível cornudo. Talvez esteja aqui a razão última das divergências do casal. O esposo-mãe não terá sido fiel ao esposo-pai, tendo preferido engravidar em Espanha...