domingo, 19 de janeiro de 2014

A dívida pública é impagável, Mário Soares tem razão

"O verdadeiro milagre económico ibérico" é como o Commerzbank de 14 de janeiro baptiza a situação portuguesa. Em sentido contrário, a Tortus Capital, uma firma gestora de um fundo de alto risco nova-iorquino, considera a situação "insustentável" e advoga uma reestruturação da dívida portuguesa já no Verão. Os cola-cartazes, enquanto vão pondo na miséria os trabalhadores do Estado e os aposentados (incluindo os altos quadros), dão loucos pulos de contentamento com a «excelente» situação económica portuguesa (pensando nos tachos que alcançarão em breve). Mas a verdade é bem diversa, infelizmente. Como já escrevi aqui diversas vezes, a dívida pública é impagável, mesmo que os ditos mentirosos venham a roubar a totalidade dos rendimentos dos funcionários e pensionistas do Estado.

2 comentários:

  1. Ó Sr. Serrano, eu estive aqui a fazer contas e concluí que passados alguns anos desapareceria a despesa pública se o governo deixasse de pagar as reformas e os salários da função pública

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  2. Não esperava este comentário. O(A) Sr(a) Anónimo(a) está a raciocinar tão simploriamente quanto eles. Só por isso merecia estar no governo. Note bem: se os cola-cartazes (que são capazes de tudo e mais alguma coisa) deixassem de pagar as pensões aos reformados e os salários aos empregados do Estado, o País cairia de imediato no caminho de uma infernal recessão, os serviços públicos paralisariam a 100%, incluindo os hospitais, os tribunais, as polícias, as Câmaras, as escolas, os transportes, etc., as actividades privadas perderiam todas as condições de funcionamento, e surgiria, a curto prazo (1 ou 2 meses) uma revolução violenta que dependuraria nos pelourinhos ainda existentes todos os políticos comprometidos com as malfeitorias e seus apoiantes. Como deverá compreender agora, tudo quanto disse no meu texto é verdadeiro, claro como água. Se não fossem os avisos amigos do TC (dirigidos aos burros internos e aos camelos externos), eles não estariam agora só nos 50% de redução real dos salários e pensões, já teriam atingido 75 ou 80%!

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