sábado, 21 de julho de 2012

Seguidores de Portas são burros


Alguns economistas e comentadores televisivos burros, ignorantes e facciosos, persistem na ideia abstrusa de que os cortes nos salários dos funcionários públicos e aposentados não são impostos e reduzem a despesa pública, e que os cortes nos salários dos trabalhadores do sector privado constituem impostos que não fazem diminuir o défice. Raciocinam como analfabetos formados na Moderna ou na Lusíada. Cortar periodicamente nos salários de uns ou de outros é, obviamente, um  imposto!  E criar um imposto apenas para alguns cidadãos e não para todos os que tenham níveis salariais idênticos (como o governo fez) é violar o princípio da igualdade consagrado em todas as constituições do mundo civilizado. Vejamos o artº 24º da mal amanhada e inconstitucional lei do orçamento: As entidades processadoras das remunerações dos trabalhadores em funções públicas…procedem à entrega das quantias dos subsídios ... nos cofres do Estado… O governo poderá fazer leis que acabem definitivamente com o direito aos subsídios no sector público, poderá extinguir montes de serviços e despedir funcionários públicos aos milhares, poderá vender os inúteis submarinos e os tanques sem utilidade que estão a apodrecer, poderá acabar com as duplas e triplas reformas dos privilegiados políticos, poderá rever as parcerias público-privadas que enriquecem poucos à custa de muitos, poderá retirar o dinheiro roubado aos gatunos que andaram ou andam próximos do poder, poderá acabar de vez com o dispendioso envio, que apenas serve para satisfazer a vaidade de uns tantos parolos, de tropas para os teatros de guerra do mundo. Tudo isso, se adequadamente legislado, fará reduzir a despesa pública, diminuirá a dívida e não ofenderá a Constituição. Mas mandar uns entregar às Finanças os seus subsídios de férias e de natal e não mandar os outros, não passaria pela cabeça do diabo, nem sequer pela cabeça do burro simpático acima retratado...

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