segunda-feira, 9 de julho de 2012

A parcialidade de Marcelo e os professores da quatro cadeiras


É indubitavelmente um inteligente e sabedor comentador de questões políticas nacionais, sem dúvida o melhor e mais influente de todos. Não perco as suas intervenções quase desde o início. Mas infelizmente o homem não é infalível e mete a pata na poça de vez em quando. Ele não deveria pronunciar-se em relação aos temas em que não está em condições de imparcialidade para não ser tentado a apresentar a mentira como verdade. Aconteceu com João Jardim cujos excessos ele procurou tolerar apenas porque (dizem alguns dos seus críticos) tivera com o governo regional da Madeira relações de consultoria jurídica. E aconteceu ontem  com o ministro Relvas cuja pseudo-licenciatura procurou valorizar, tendo no entanto o cuidado de se referir vagamente às suas relações pessoais e profissionais com a medíocre universidade privada envolvida na trapaça. Para Marcelo a espantosa bagunçada que envolve o ministro e a universidade Lusófona estava dentro da mais completa normalidade. Embora a matéria relativa às facilidades concedidas aos amigos sob o chapéu do processo de Bolonha não tenha sido regulamentada em Portugal, será normal que um aluno se matricule numa universidade e se licencie fazendo apenas 4 das 36 cadeiras do curso (se é que fez alguma)?! Em país algum da Europa civilizada tal vigarice poderia ocorrer. Mas para Marcelo está tudo «aparentemente» bem, nada que se compare com as irregularidades da licenciatura de Sócrates, que eram muito mais «graves». No entanto este, ao contrário do que aconteceu com Relvas, quando se matriculou na Universidade Moderna levava muitas cadeiras feitas por si no politécnico de Coimbra, estando em causa apenas as quatro cadeiras que o seu amigo e camarada socialista Morais leccionou e classificou. O dr. Morais foi compensado com um lugar importante no governo. E os professores envolvidos nas quatro cadeiras de Relvas terão sido? Haveremos de saber num dia destes.

Sem comentários:

Enviar um comentário