Nenhum cidadão deveria ter acesso
a lugares ministeriais sem possuir a «escolaridade obrigatória», ou seja, uma licenciatura
(agora designada de «mestrado») exigente obtida quando jovem numa universidade
séria. Não porque um curso universitário torne, por si, uma pessoa
inteligente, honesta e competente para o exercício de funções de tão alta
responsabilidade. Mas porque são moralmente exigíveis requisitos mínimos aos
que aspiram a governar o País. Para ministros deveriam ir os melhores de entre
nós. Uma pessoa que não tenha conseguido alcançar essas habilitações literárias
básicas poderá ser vista como uma «fraca espingarda». Cientes desse risco, alguns
militantes partidários espertalhões, quando alcançam o poder, correm à socapa
para as lojas maçónicas e para as reles universidades privadas a «comprar»
um «curso» com valor zero. O caso Relvas, agora muito badalado, como outros semelhantes
o foram no passado, fragiliza o governo numa altura em que este deveria ser
forte e credível. «Vendo», por alto, o currículo académico de algumas figuras colocadas
no poder e na oposição, temo que outros escândalos venham a rebentar, complicando
aquilo que já é complicado.
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