sábado, 7 de julho de 2012

O reino dos cola cartazes


Nenhum cidadão deveria ter acesso a lugares ministeriais sem possuir a «escolaridade obrigatória», ou seja, uma licenciatura (agora designada de «mestrado») exigente obtida quando jovem numa universidade séria. Não porque um curso universitário torne, por si, uma pessoa inteligente, honesta e competente para o exercício de funções de tão alta responsabilidade. Mas porque são moralmente exigíveis requisitos mínimos aos que aspiram a governar o País. Para ministros deveriam ir os melhores de entre nós. Uma pessoa que não tenha conseguido alcançar essas habilitações literárias básicas poderá ser vista como uma «fraca espingarda». Cientes desse risco, alguns militantes partidários espertalhões, quando alcançam o poder, correm à socapa para as lojas maçónicas e para as reles universidades privadas a «comprar» um «curso» com valor zero. O caso Relvas, agora muito badalado, como outros semelhantes o foram no passado, fragiliza o governo numa altura em que este deveria ser forte e credível. «Vendo», por alto, o currículo académico de algumas figuras colocadas no poder e na oposição, temo que outros escândalos venham a rebentar, complicando aquilo que já é complicado.



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