Este homem, muito habilidoso politicamente, que os seus detractores designam
carinhosamente por «Paulinho das Feiras», assinou ontem no Funchal a sua
sentença de morte política, o que é uma pena porque nunca o país precisou
tanto de um governo sério, forte e competente. A partir de agora ele não poderá
pôr a cabeça fora do casulo sem ser insultado pelas centenas de milhar de
funcionários ligados ao Estado, às autarquias e às empresas públicas, que ele está
empenhado em perseguir pois entende que são estes os únicos que terão de
pagar a crise com os seus salários e empobrecer até à fronteira da indigência. Estando ausente no
estrangeiro, logo que soube do acórdão equilibrado do Tribunal Constitucional,
ordenou a alguns dos seus lacaios que corressem para as televisões e gritassem a
sua discordância apoiados em argumentos imbecis. O nosso querido demagogo finge
não compreender que os «impostos» devem caber a todos por igual e que a despesa pública excessiva também resulta da compra de
submarinos e tanques inúteis, do excesso de auto-estradas e campos de futebol, das
passeatas turísticas realizadas por milhares de políticos, das duplas e triplas
reformas de uns tantos para as quais nada descontaram, da enorme roubalheira
impune. Disse, a noite passada, este nosso famoso ministro: “Temos de
saber e entender que, se o problema de Portugal é défice do Estado, não é justo
pretender que o sector privado tem a mesma responsabilidade de ajudar”….“Por
outro lado, também temos de ponderar uma outra questão, que é a da equidade na
procura de todas as soluções possíveis, porque, numa circunstância adversa,
temos que ter a noção de que, quando comparamos os salários e pensões nos
sectores privado e público, no privado a média dos salários é mais baixa, o
desemprego é maior, a estabilidade do emprego é diferente”.
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