sábado, 14 de julho de 2012

Paulo Portas, o demagogo

Este homem, muito habilidoso politicamente, que os seus detractores designam carinhosamente por «Paulinho das Feiras», assinou ontem no Funchal a sua sentença de morte política, o que é uma pena porque nunca o país precisou tanto de um governo sério, forte e competente. A partir de agora ele não poderá pôr a cabeça fora do casulo sem ser insultado pelas centenas de milhar de funcionários ligados ao Estado, às autarquias e às empresas públicas, que ele está empenhado em perseguir pois entende que são estes os únicos que terão de pagar a crise com os seus salários e empobrecer até à fronteira da indigência. Estando ausente no estrangeiro, logo que soube do acórdão equilibrado do Tribunal Constitucional, ordenou a alguns dos seus lacaios que corressem para as televisões e gritassem a sua discordância apoiados em argumentos imbecis. O nosso querido demagogo finge não compreender que os «impostos» devem caber a todos por igual e que a despesa pública excessiva também resulta da compra de submarinos e tanques inúteis, do excesso de auto-estradas e campos de futebol, das passeatas turísticas realizadas por milhares de políticos, das duplas e triplas reformas de uns tantos para as quais nada descontaram, da enorme roubalheira impune. Disse, a noite passada, este nosso famoso ministro: Temos de saber e entender que, se o problema de Portugal é défice do Estado, não é justo pretender que o sector privado tem a mesma responsabilidade de ajudar”….“Por outro lado, também temos de ponderar uma outra questão, que é a da equidade na procura de todas as soluções possíveis, porque, numa circunstância adversa, temos que ter a noção de que, quando comparamos os salários e pensões nos sectores privado e público, no privado a média dos salários é mais baixa, o desemprego é maior, a estabilidade do emprego é diferente”. 

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