terça-feira, 31 de julho de 2012

De novo o nosso asno


Num destes dias liguei a televisão e uma entrevistadora ouvia a opinião de um «especialista» sobre a dramática situação financeira de Espanha. O entrevistado era um tipo ainda jovem, bem-falante e de voz grossa, mas mais tolo e ignorante do que o simpático e já conhecido burro aqui do lado. Dizia ele que, quanto pior estiver Espanha, melhor para Portugal. «Porquê?», quis saber a entrevistadora. «Porque todas as concessões, em termos de juros, nível do défice e prazos dos empréstimos que Espanha vier a obter da Europa, acabarão por beneficiar Portugal…». O burro não se apercebia de que estava a dizer alarvices sem ponta de lógica, não lhe passando pela oca cabeça que, se Espanha cair, cairão outros países, cairá o euro e cairão as tranches a Portugal. O cretino referia-se à «Europa» como sendo a entidade patronal dos países falidos, rica e estável.

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