sexta-feira, 18 de outubro de 2013

O mundo cavernoso do governo

Julgava eu que o governo ia cortar totalmente as imerecidas e escandalosas reformas vitalícias dos políticos, não contributivas, concedidas por eles a si próprios. Julgava que ficavam limitados à reforma advinda do exercício da actividade profissional, para a qual sempre contou integralmente, por lei, todo o tempo durante o qual foram deputados, ministros, juízes do TC ou presidentes da República, não tendo nenhum deles sido minimamente lesado pelos serviços que prestaram ao Estado. Mas comecei a aperceber-me de importantes excepções. Os ex-presidentes da República, neste país falido e pequeno, continuam com as suas «subvenções vitalícias» e demais mordomias a juntar às pensões resultantes das suas actividades profissionais e outras. Assim acontece com Sampaio, Soares e Eanes. O governo invocou razões de dignidade! Então os médicos, os técnicos superiores e inferiores não têm direito ao estatuto de dignidade? A esses nem sequer se deu benesse alguma e agora vai-se atabalhoadamente, com mão de ferro, roubando parte importante do que auferem pelo seu trabalho efectivo e contributivo! E os funcionários do Banco de Portugal e de algumas empresas públicas ficam fora dos cortes por quê?!

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