Julgava eu que o governo ia cortar
totalmente as imerecidas e escandalosas reformas vitalícias dos políticos, não
contributivas, concedidas por eles a si próprios. Julgava que ficavam limitados
à reforma advinda do exercício da actividade profissional, para a qual sempre
contou integralmente, por lei, todo o tempo durante o qual foram deputados,
ministros, juízes do TC ou presidentes da República, não tendo nenhum deles
sido minimamente lesado pelos serviços que prestaram ao Estado. Mas comecei a
aperceber-me de importantes excepções. Os ex-presidentes da República, neste
país falido e pequeno, continuam com as suas «subvenções vitalícias» e demais mordomias
a juntar às pensões resultantes das suas actividades profissionais e outras. Assim
acontece com Sampaio, Soares e Eanes. O governo invocou razões de dignidade! Então os
médicos, os técnicos superiores e inferiores não têm direito ao estatuto de
dignidade? A esses nem sequer se deu benesse alguma e agora vai-se
atabalhoadamente, com mão de ferro, roubando parte importante do que auferem
pelo seu trabalho efectivo e contributivo! E os funcionários do Banco de
Portugal e de algumas empresas públicas ficam fora dos cortes por quê?!
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