Há momentos estava a ouvir um comentador «residente» numa TV, o tal que defendeu o endividamento selvagem do João Jardim. O homem não vê qualquer inconveniente no regresso ao escudo, é uma coisa fácil, quase o mesmo que ter passado do escudo para o euro. Que falta de imaginação! Seria a imediata bancarrota do país, a total ausência de financiamento externo, o encerramento de grande parte do comércio e das unidades industriais, o empobrecimento drástico da população, o esmagamento da classe média (a existente antes da introdução do euro e a que surgiu depois), a fome, a insegurança nas ruas. E, obviamente, a falência de grande parte da Europa acarretaria inevitavelmente uma crise mundial muito mais grave do que a de 1929, com reflexos dramáticos inimagináveis. Nenhum país ficaria em condições de nos ajudar.
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