Os economistas dão já como certo o colapso do Euro, seguido de uma procissão infindável de dramas para as populações indefesas, sujeitas à miséria e à insegurança, em especial nos países mais fragilizados como Portugal. Mas a falta de confiança dos investidores que agora corrói o sul da Europa não tardará a atacar outras grandes economias como a francesa, a alemã, a inglesa, a japonesa e a norte-americana, esta com um nível de endividamento externo muito elevado, superior a 90% do PIB. Poucos acreditarão que o maior credor dos EUA, a China, continue disposto a investir maciçamente no dólar, como o vinha fazendo. Para não terem falta de liquidez, os americanos recorrerão à introdução desmesurada de moeda em circulação, com o consequente aumento galopante da inflação. O dólar deixará de ser visto como moeda de referência internacional e o povo americano sofrerá os efeitos devastadores desta incontrolável crise financeira. O desemprego aumentará para níveis alarmantes, grandes bancos entrarão em falência, e não será fácil superar imprevistas dificuldades de importação de petróleo. Até os eufóricos países ditos emergentes como o Brasil, a Índia ou a Rússia, não deixarão de entrar em recessão. Na economia global que o Ocidente inventou, tudo está entrelaçado, a queda de umas cartas provoca necessariamente a queda de grande parte do baralho. Disse um conceituado economista que esta crise vai assemelhar-se à grande depressão de 1929-1933 mas na realidade ela será incomparavelmente mais grave e duradoura. Mais preocupante ainda será o agravamento drástico das tensões internacionais que poderão originar conflitos nucleares.
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