O meu tio foi um quadro
da Administração Pública que se aposentou há vários anos, quando se encontrava
no topo da sua carreira especial. A política de austeridade tem vindo a
diminuir substancialmente os seus rendimentos e teme cair na miséria. Ontem
vi-o actualizar a sua caderneta na Caixa Geral de Depósitos e a atirá-la ao
chão, furioso. Eu estava perto e perguntei-lhe «porquê, tio?». «Aqueles f. da
p. disseram que me iam pagar integralmente o subsídio em Novembro e
depositaram-me menos de um quinto dos subsídios que eu recebia no meu primeiro
ano de aposentado!». Depois, determinado, disse-me que ia para os lados de S. Bento. Mas não consegui vê-lo na manifestação.
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