sábado, 9 de novembro de 2013

Na minha terra os manjericos servem para perfumar latrinas

Os governantes ignorantes e alguns dos seus lambe-botas instalados em jornais e televisões gritam: Chumbo dos cortes das pensões pode ter efeito bomba: descida do rating e disparo nos juros da dívida pública (!!!!!). Para o evitar, o Governo espera que o Presidente não repita o tom crítico dos últimos pedidos de fiscalização ao Tribunal Constitucional. O desígnio comum deve ser o de evitar um segundo resgate do país. Cavaco decide até dia 20. Os juros têm baixado (conjuntural e transitoriamente) nos últimos dias para todos os países do sul da Europa, incluindo a Grécia, e não apenas para Portugal. Os cola-cartazes do governo, impreparados e sem seriedade de espécie alguma, continuam desonestamente a pressionar o Presidente da República e o Tribunal Constitucional. Roubar apenas a uns e não a todos (com idênticos rendimentos), invocando falsas «convergências» ou «divergências», é não só um gesto inconstitucional mas também um acto odioso e criminoso. Poupar os amigos (no activo ou fora dele) como os do banco de Portugal a quaisquer cortes, sob o pretexto de que têm regulamentos próprios, é uma atitude de vigaristas e aldrabões que deveriam ser julgados severamente por uma justiça imparcial, como defende Mário Soares. Além disso, qualquer cidadão bem informado sabe que, mesmo que estes mentirosos sacassem 100% dos rendimentos dos funcionários públicos no activo ou na reforma, não restaria qualquer possibilidade de pagar a dívida pública e os respectivos juros. Este é o resultado de tanta roubalheira impune, de tanta incompetência e de tanto esbanjamento praticados pelos manjericos que têm gerido o País.

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