O Medina Carreira é um
homem sério e directo. E tem convicções. Ele diz que a actual classe política
é, na generalidade, impreparada e corrupta, o que é verdade. Ele diz que
Portugal é um país falido que terá de pôr as suas
contas em ordem, o que é verdade. Ele diz que se deverá igualar imediatamente
a receita e a despesa públicas, começando por descer os salários e pensões dos funcionários
públicos e reformados, o que é duvidoso. Medina tem uma ultrapassada
visão contabilística das finanças públicas. Roma e Pavia não se fizeram num
dia. Para tentar resolver num só dia um problema impossível, não bastará decretar que a
partir de agora todos deverão passar a receber no máximo o salário mínimo
nacional. Se melhor solução não houver, uma vez falido o Estado, e à falta de
ajuda internacional, a estocada adequada será prender os indivíduos que criaram
esta situação e declarar a falência perante os credores, com todas as implicações que isso acarretar.
É isso que costumam fazer as pessoas sérias.
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