Há dias ouvi na TV o prestigiado Prof. Catedrático de Direito e comentador político Marcelo
Rebelo de Sousa e fiquei espantado com a defesa de um disparate típico da Idade Média,
quando existia a crença de que os reis eram escolhidos por Deus. Uns tantos
homens reúnem-se no Vaticano para eleger um novo Papa. Mas, segundo Marcelo, o
Papa eleito não advém da livre escolha desses homens mas da escolha directa de Deus!
Como poderá um intelectual tão racional e inteligente dizer tamanho disparate?!
Sei que em sessões de espiritismo os médiuns escreventes inconscientes
vêem e sentem a sua mão a ser impulsionada (por espíritos segundo uns ou
pela mente inconsciente segundo outros) a escrever coisas que não resultam
das respectivas vontades conscientes. Só que a escolha do Papa não é uma
sessão espírita mas uma reunião de cardeais em que cada um, olhando a lista dos
elegíveis, opta pelo que mais lhe agrada! E alguns deles só não fazem batota porque não podem...
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