Odeio os camelos de duas patas que andam
por aí a assaltar e assassinar gente de bem e a alguns seria capaz de cortar-lhes as cabeças
e expô-las nos pelourinhos das velhas vilas de Portugal. Mas
adorava os camelos de quatro patas que viviam no deserto. Eram animais dóceis e
amigos dos seus donos. Daí a minha consternação sempre que via a cabeça de um
camelo à porta de um talho. As minhas refeições limitavam-se a melancia e pouco
mais pois receava que a comida servida por aquela gente estivesse impregnada de carne de
camelo.
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