segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Camelos


Odeio os camelos de duas patas que andam por aí a assaltar e assassinar gente de bem e a alguns seria capaz de cortar-lhes as cabeças e expô-las nos pelourinhos das velhas vilas de Portugal. Mas adorava os camelos de quatro patas que viviam no deserto. Eram animais dóceis e amigos dos seus donos. Daí a minha consternação sempre que via a cabeça de um camelo à porta de um talho. As minhas refeições limitavam-se a melancia e pouco mais pois receava que a comida servida por aquela gente estivesse impregnada de carne de camelo.  

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