Sampaio elogia
"patriota" Brito e lamenta ausência do PCP. É este o título de um artigo
de jornal. Eu
jamais estaria presente num jantar de homenagem a Carlos Brito, um comunista de
longa data que, inesperadamente, traiu o seu chefe Álvaro Cunhal e esperou que
alguém o fosse buscar, talvez para um governo «reaccionário», a exemplo do que conseguiram outros artistas do
seu partido. José Saramago, prémio Nobel da literatura, também ele
comunista, criticou-lhe acidamente a traição, idêntica à da sua ex-esposa e
camarada Zita Seabra, que deu uma monumental cambalhota para o PSD. Meu tio,
que foi deputado em tempos, falou-me dos discursos inflamados e profundamente
facciosos deste radical, em especial nos anos de 1983 e 1984, quando os
deputados ainda ganhavam mal, menos do que os empregados bancários de grau
médio. «Vocês estão aqui pelo dinheiro!», gritava este «patriota», insultando
os colegas do PS. Com ele, outros traidores saltaram para carroças alheias, em
especial para a do PS. Lá estavam todos neste jantar de criar vómitos. Aquilo
que disse Sampaio em sua defesa é tão irrelevante como aquilo que o mesmo disse
repetidamente em tribunal em abono de um amigo acusado de corrupção grave.
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