Governo Sombra 5 - Álvaro Beleza para ministro da Saúde, já!

Nasceu em Lisboa em 1958. E nos anos quentes de 1974 e 1975 já era militante do PSD, acabando mais tarde por desertar para o PS. Aos 55 anos de idade apercebe-se de que não consegue passar da cepa torta. Como o tempo passa! Ainda há «pouco», em 1992, Álvaro Beleza de Vasconcelos era um inexperiente jovem candidato a secretário-geral do PS com ideias vagas e desconexas à volta de um confuso «socialismo liberal»! http://www.youtube.com/watch?v=DDofGZfk98g Sentindo que está a aproximar-se da terceira idade, andará desesperado por não ter conseguido ainda nada de palpável na política: nem o posto de secretário-geral do PS, nem o de ministro, nem tão pouco um simples lugarzinho de secretário de estado ou de presidente de uma Câmara Municipal. Agora que o PS parece estar a aproximar-se de novo do poder, Álvaro encheu-se de esperança e vai lutando como pode pela vida. Mas fá-lo de uma forma desastrada, coitado! Ele tem consciência de que o seu divulgado currículo o poderá conduzir ao almejado lugar de ministro da saúde.  http://www.ps.pt/secretariado-nacional/secretariado-nacional/alvaro-beleza.html  . E até teve a sorte de apostar no cavalo certo ao apoiar a candidatura do Tó Zé Seguro, o qual, em agradecimento, nomeou -o coordenador para a área da saúde do PS  e membro do secretariado. http://www.youtube.com/watch?v=rLx4g9VPb0shttp://www.dn.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=2005550  http://www.tsf.pt/PaginaInicial/Portugal/Interior.aspx?content_id=2005897 Porém este homem é mentalmente desarrumado, lança-se para a frente e despeja o que lhe vem à cabeça. Algumas declarações estão a produzir grandes parangonas em jornais e televisões. Como esta: «PS quer acabar com a ADSE para acabar com a injustiça"  (!!)http://www.jn.pt/PaginaInicial/Politica/Interior.aspx?content_id=2991680 Tem pouco jeito para estas coisas. Já antes vinha, em vão, tentando fazer brilharetes televisivos, sem chama nem conteúdo… http://www.rtp.pt/noticias/index.php?article=552611&layout=122&tm=9&visual=61 Mesmo quando aparece com o ar informal de sábio da problemática da saúde. http://www.youtube.com/watch?v=ZFHZr0EcJII Mas a pior calinada dos últimos tempos foi de facto esta: O coordenador para a área da saúde do PS considera que ainda há gorduras no Serviço Nacional de Saúde e promete eliminá-las quando os socialistas voltarem ao poder. «O Partido Socialista quer acabar com a ADSE, subsistema injusto, que beneficia um milhão e trezentos mil portugueses e faz com que o acesso à saúde não seja igual para todos", afirmou o secretário nacional do PS, Álvaro Beleza. Em entrevista ao JN, o responsável pela saúde na direcção socialista antecipou as linhas essenciais do que diz ser o futuro programa de Governo. Só que outros dirigentes do PS contrariaram de imediato Beleza. Zorrinho, a mando de Seguro, apressou-se a garantir que o PS não defende o fim da ADSE. E o pobre fala-barato, mentindo, respondeu ter expressado "opiniões pessoais", que não vinculam o partido, ao defender a extinção da ADSE. Todos perceberam que não falou como um mero cidadão, ele insinuou-se claramente como dono do PS e como o próximo ministro da saúde. Nem o «nim» do camarada amigo Correia de Campos o poderá salvar. Juntando-se ao «inimigo», o Beleza conseguiu pôr o país a falar sobre o tema, colocando os «trabalhadores privados» contra os «funcionários públicos». E com essa inconveniente «boca» perdeu a hipótese de vir a ser ministro… Todos os militantes socialistas de baixos recursos e que são beneficiários da ADSE ficarão a odiar este eterno candidato, que já se vinha revelando politicamente fraco, dizendo apenas banalidades. Claro que o Beleza, tal como o presidente do hospital de S. João, aqui focado há dias, tem boas razões pessoais para defender a extinção da ADSE. Sendo funcionário público (médico no topo de carreira), paga mensalmente uns pesados 75 euros para a ADSE (1,5% do vencimento bruto de cerca de 5000 euros), uma quota obrigatória que representa uma fatia significativa do seu vencimento líquido de 3 mil euros. Apenas porque tem um salário relativamente alto, ele está a pagar a saúde em duplicado. Paga elevados impostos destinados ao Serviço Nacional de Saúde e, cumulativamente, paga as quotas da ADSE. Se esta for extinta, ele continuará a ter direito aos mesmos exames médicos, internamentos e consultas no SNS!  Se agora for a uma consulta privada de um especialista não pagará menos de 100 euros mas a ADSE reembolsá-lo-á apenas de uma pequena parcela. Poderia receber umas comparticipaçõezinhas dos gastos em óculos, próteses dentárias e outras coisas menores, mas o Beleza nem usa nada disso! No entanto, muitas dezenas de milhar de funcionários públicos com baixos vencimentos e descendentes menores só terão a perder com a extinção da ADSE. Mesmo assim, apenas para o fazer feliz, vou propô-lo para ministro…