Há dias, junto do farol do pontão da Vila, meditava sobre o fascínio que o mar me causava quando criança e recordei uma das muitas experiências entretanto vividas. Eu adorava nadar no alto mar e naquele dia apetecia-me dar uma volta. Mas
tinha medo dos tubarões, influenciado pelas notícias dos ataques na vizinha
Flórida. Aproximei-me de dois velhotes que passeavam na marginal e
perguntei-lhes:
-- Aqui há
tubarões? A resposta foi pronta:
-- Había muchos
tiburones antes de la revolución, pero ahora no hay ninguno!
-- Não me refiro a esses tubarões mas aos que
poderão andar por aqui…
-- Aqui se puede
nadar sem peligro porque no hay tiburones.
Fiquei mais
tranquilo. Foram horas de natação solitária no morno mar de Cuba. Que saudades! Nunca mais
voltei a sentir prazer em nadar nas águas gélidas da bela Nazaré.
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