Qualquer um compreende que terá de ser feita quanto antes uma reestruturação desta insuportável dívida
pública. Não haverá cortes nem impostos que possam resolver o problema da dívida do país. No meio da confusão, as notícias assassinas chovem em catadupa. Alguns (privados) encorajam o governo a pôr os servidores do Estado e os reformados da classe média a pão e
água e a cortar em despesas de pequena envergadura. Nenhum deles se lembra de aconselhar a extinção de pelo menos dois terços das Câmaras Municipais de baixa utilidade e grande despesa, deixando em seu lugar delegações de municípios de dimensão alargada. E também ninguém se lembra de
reduzir a metade o número de universidades e politécnicos que vão gastando o
nosso dinheiro a formar pessoas destinadas, na quase totalidade, à emigração e
ao desemprego. O
corte de 4 mil milhões de euros na despesa que o Governo irá apresentar à
‘troika’ pretende “eliminar redundâncias” nas funções do Estado, mas não chega
para que o esforço do lado da despesa atinja os dois terços, diz a Comissão Europeia. / Os salários da
função pública estão novamente na mira do Governo para compensar as derrapagens
do défice de 2013, dizem fontes informativas. / O Governo vai encerrar metade dos 355 serviços de
Finanças existentes em Portugal, dizem os jornais. Eles (a troika e os seus seguidores) persistem em gerar intranquilidade e cortar cegamente. Mas há uma coisa que não conseguirão cortar: a indesejada explosão social violenta que se aproxima e que poderá transformar isto num caos.
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