No parlamento
português a democracia da aldrabice é praticada em boa medida por meia dúzia
de peixeiras que, com amplos e majestosos gestos teatrais, acompanhados de uma
insuportável e estridente gritaria, adoram exibir-se, levando os telespectadores
irritados a refugiarem-se noutro canal. Mas
na Ucrânia, por onde o meu tio deambulou nos tempos de Brejnev (sendo o parlamento local
nessa altura demasiado sossegado e desinteressante), vive-se agora a verdadeira
democracia. As decisões são tomadas pelos homens ao empurrão, ao murro e ao pontapé. Tudo muito mais genuíno e justo, para bem do povo.
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