Comparar a crise
económico-financeira portuguesa dos anos 1983 a 1985 à de agora é um disparate completo.
Naquela altura, quando os cofres públicos ficaram vazios, foi pedida uma
pequena verba ao FMI (destinada a importar produtos) e foi introduzida artificialmente
alguma perda do poder de compra através da emissão maciça de moeda e de uma consequente
desvalorizado do escudo, medidas que geraram uma desejada inflação de 30% ao
ano. Todos os cidadãos (e não apenas os funcionários públicos e reformados)
foram igualmente atingidos e as economias de cada um não foram significativamente
afectadas porque os juros praticados também subiram a 30%. O grande erro posterior foi
a adesão ao odioso euro que, pela mão de políticos incompetentes, nos trouxe para o buraco onde estamos mergulhados. E não se
diga que seria melhor agora regressar ao escudo. Isso provocaria uma tragédia
de proporções jamais vistas em Portugal. Nenhum dos governantes se apercebeu
atempadamente que, entrando na «moeda única», nos cairia este desastre em cima.
Deveriam ser julgados e punidos, em especial os que andaram a roubar-nos.
Sem comentários:
Enviar um comentário