Ontem deixei
Lisboa e vim à terra dos meus avós. E hoje, quando saí de manhã, notei
um alarido anormal nas ruas. Primeiro foi um grande magote de homens e mulheres
ruidosos, todos de certa idade, bem trajados e de bom aspecto, talvez
professores reformados e do activo misturados, que vinham não sei de onde e iam
não sei para onde. Depois, já na parte norte da cidade, vi-me a rumar contra uma
interminável multidão. Milhares e milhares de pessoas, talvez vindas das
povoações da encosta, que invadiam passeios e ruas. Velhos e novos, homens, mulheres
e crianças, alguns até arrastavam carrinhos de bebés. Todos na direcção do
largo da Câmara Municipal, provavelmente o mesmo sítio para onde se dirigia o
tal grupo de possíveis professores. Eu era a única pessoa que caminhava na
direcção oposta. «Que há para aqui, que revolução é esta?». Até que vi um grupo
com uma faixa de pano que dizia «Viva o 1º de Maio». Olhei para o relógio e
confirmei «sim, hoje é 1 de Maio… mas para quê tamanha multidão e tanta algazarra?».
Pela descrição, trata-se duma terra de comunistas, talvez do Alentejo
ResponderEliminarNem sabe o que significa o 1º de Maio... que ignorancia, mas enfim é o povo que temos
EliminarNem todos os abrilistas e maioistas são comunistas!
ResponderEliminarMas os maoistas são!
ResponderEliminarOu talvez seja a terra do Matacão, o tal vilão que defendia patrioticamente cortes nos salários de todos excepto nos seus, tendo sido premiado por isso
ResponderEliminarO tio João odeia os comunistas porque quando vai à sua herdade no Alentejo, a gentalha local afasta-se dele como se tivesse sarna. Aqueles sornas analfabetos nunca trabalharam mas hoje devem andar a festejar o 1º de Maio
ResponderEliminarO Sr. Gil, que tem uma herdade de uns mil hectares queixa-se da mesma coisa, as suas terras estão cercadas de comunas por todos os lados. Como consegue um partido transformar seres humanos em bichos irracionais?
ResponderEliminarNão digas isso dos alentejanos antes que te partam o focinho. Pergunta ao Sr. Borges, dono da Herdade do Moinho, se não é bem tratado pelos seus conterrâneos.
ResponderEliminarApenas o povo burro é capaz de andar atrás dos vinte e cinco de abris e dos primeiros de maios. Nem sabem o que vão fazer, vão nos magotes para a festa e pronto. E iriam com a mesma alegria nos magotes adoradores de Hitler ou de Estaline.
ResponderEliminarEu também sou assim. Carneiro atrás de outros carneiros, nunca! Eu respondo apenas à voz da minha razão e não à voz dos bodes que vão aparecendo para orientar os rebanhos.
ResponderEliminarCambada de anónimos reaccionários!
ResponderEliminarVão mas é trabalhar, malandros.
ResponderEliminarOs fascista já começam a mostrar a cabeça.
ResponderEliminarEh pá pareces um homem das cavernas, tás ultrapassado, vives no século passado ò quê?
ResponderEliminarDas cavernas era a avó da tua bisavó!
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