sábado, 31 de maio de 2014

O Rolha

Em 28 de maio de 2014, Jorge Lacão apresentou a sua demissão do Secretariado Nacional do PS por divergências em relação à linha da direcção liderada por António José Seguro (ele, ou alguém por si,  já teve o cuidado de escrever esta notícia irrelevante na Wikipédia). Em tempos chamaram «Rolha» a um famoso e já falecido general. Copiando-o de modo desconchavado, este militante partidário medíocre faz o que pode no sentido de manter-se sempre à tona da água. Põe-se em bicos dos pés para ser visto (o homem é muito baixinho) e procura estar sempre do lado do candidato que ele julga que vai ganhar. «Se é o Costa, então declaro-me já costiano, não quero perder o comboio». O sr. Lacão não compreende que o grave problema do País já não se resolve com a substituição de um camarada ou companheiro por outro. A solução reside tão só numa alteração radical do sistema político corrupto e incompetente instalado em Portugal. A população deseja que sejam extirpadas as muitas máfias interligadas que nos sugam o sangue e a paciência.

sexta-feira, 23 de maio de 2014

A ira divina

Deus ficou lixado com a vitória de Conchita no Festival da Eurovisão e já começou a exercer a sua vingança nos Balcãs, garantem os sábios clérigos da região.

quinta-feira, 22 de maio de 2014

Uma ministra bondosa e injustamente julgada hoje

Camarada Lurdes, não me arranjas aí umas centenas de milhar para eu aumentar o meu pecúlio? Claro que sim, arranjo o que tu quiseres camarada, não me custa nada. O Zézito, o Ferro e o teu irmão ministro Paulo Pedroso já me haviam falado no assunto. Toma lá do meu Ministério estas dezenas de milhar para começar, fazes de conta que vens aqui trabalhar fora das tuas horas de serviço mas, bom democrata que és, nem precisas de pores cá os pés, nem tão pouco apresentares trabalho algum, tens todo o direito de acederes à gamela do Estado e acumulares todos os lugares fictícios que entenderes. O meu lema é apareçam e enriqueçam enquanto é tempo.

quarta-feira, 14 de maio de 2014

5% das receitas dos impostos para os funcionários do Fisco!

Os trabalhadores dos impostos vão receber 5% do montante das cobranças coercivas de processos de execução fiscal instaurados em 2013 pelos serviços da Autoridade Tributária e Aduaneira (AT), segundo um diploma hoje publicado. São boas e imorais razões para eles perseguirem os cidadãos que não conseguem pagar os impostos. Uma vergonha!

Os erros monstruosos dos ocidentais na Ucrânia e na Síria

O ministro alemão da Economia e líder do partido social-democrata SPD, Sigmar Gabriel, apontou o dedo à responsabilidade da União Europeia na crise ucraniana, estimando que a UE falhou ao empurrar Kiev a escolher entre a Europa e a Rússia. Só agora é que estes tipos compreendem aquilo que me pareceu óbvio desde o primeiro momento e que foquei recentemente neste blogue. Situação ainda mais dramática passa-se com a Síria onde milhões de seres humanos sofrem as consequências horríveis do precipitado apoio da Europa e dos Estados Unidos aos «democratas» que sabemos agora serem terroristas islâmicos radicais, preparados para transformar aquele país, que era pacífico, num caos absoluto. http://www.dn.pt/inicio/globo/interior.aspx?content_id=3862183&seccao=Europa   /   http://port.pravda.ru/busines/13-05-2014/36750-siria_assad-0/

domingo, 11 de maio de 2014

Foi esta senhora que ganhou o Festival da Canção da Eurovisão

Ela é gira como a Porra! Bendita artista que tanta alegria vem trazer ao Mundo! Apenas a velha Europa poderia produzir Maravilhas da Natureza com este calibre. Nem a Ásia nem as Américas nos chegam aos calcanhares! É assim natural que a Rússia (que critica agora o nosso Festival da Eurovisão) e os Estados Unidos tenham inveja dos europeus, em especial dos austríacos, conterrâneos da artista. Foi na Áustria que nasceu o grande músico Johann Strauss, tão barbudo como esta jovem. E foi também ali que nasceu o grande Adolf Hitler, ainda adorado e seguido por muitos sacanas. http://www.dn.pt/inicio/tv/interior.aspx?content_id=3855981    /     http://www.dn.pt/inicio/tv/interior.aspx?content_id=3856388&seccao=Televis%E3o

quarta-feira, 7 de maio de 2014

O agitado mês de Junho de 2014

O descontentamento na aldeia de Benquerença já se arrastava há algum tempo, acirrado por uma homilia do padre Alberto, que incitou o povo a rebelar-se contra o «governo incompetente, ladrão e aldrabão», um gesto reprovado pelo bispo da Guarda. Todos os domingos, depois da missa, a população reunia-se no largo da igreja. Eram berrados impropérios contra Passos e Portas e feitos incitamentos à independência daquela Terra, com um historial glorioso e antiquíssimo. O principal agitador era, e continua a ser, um tal Borges, vindo das bandas de Cascais. Aquele movimento revolucionário passou a ter eco em todo o País. No dia 2 de Junho de 2014 o povo demitiu o presidente da junta de freguesia e declarou, na sequência de um referendo de braço no ar, a «República de Benquerença, Protectorado de Espanha». Borges, nos seus inflamados discursos na Rádio de Monsanto, explica aos ouvintes que o povo tem os mesmos direitos de Olivença, que no século XIX passou para as mãos de Espanha. Lembra ainda que um Estado poderá formar-se dentro de outro Estado, tal como aconteceu com a República de São Marino e com o Estado do Vaticano, em plena Itália. E recorda também que o Principado do Liechtenstein, no meio da próspera Suíça, é um Estado independente. A simpatia pelo movimento espalhou-se e, em dois meses, o número de habitantes da aldeia triplicou, passando para 1.800 almas. No dia 8 Borges foi eleito presidente da República de Benquerença, em votação com braço no ar. Penamacor, Aranhas e Safurdão também se destacam na defesa das suas integrações no Estado espanhol. A Europa segue, surpreendida, os acontecimentos. Os odiados indivíduos da troika, que permaneciam em Lisboa, deram às solas. No dia 14 Passos Coelho, com o seu ar de ditador ignorante, fez um ultimato aos revolucionários: ou se rendiam até ao dia 18 ou seriam implacavelmente atacados. No dia seguinte um guarda-republicano fardado e com uma velha mauser ao ombro aproximou-se da aldeia e foi prontamente abatido com tiros de canhangulo. Soube-se depois que o homem ia render-se. No anunciado dia 18 aproximaram-se de Benquerença uma Companhia de Operações Especiais da GNR e outra da PSP, bem armadas e municiadas. Mas, em vez de atacarem os revolucionários, juntaram-se a eles. Passos Coelho ficou desesperado e, pelas 20 horas, anunciou na RTP que enviaria a aviação bombardear Benquerença, em defesa da integridade territorial da Pátria, quaisquer que fossem os custos em vidas humanas. No dia 20 o governo espanhol fez uma declaração pública avisando o 1º ministro português de que qualquer intervenção militar contra o povo da República de Benquerença seria considerada um acto hostil a Espanha. Grandes personalidades nacionais foram residir para o novo Estado, destacando-se Vasco Lourenço, Otelo Saraiva de Carvalho e Mário Soares. O presidente russo Putin, pensando na Ucrânia, fez uma declaração no dia 22 anunciando que apoia e reconhece a nova República como protectorado de Espanha. À volta de Benquerença, dia e noite, aumenta o número de barricadas de sacos de areia trazida da ribeira da Meimoa. Na Serra da Opa permanecem entrincheirados guerrilheiros prontos para o combate. Mas aconteceu um fenómeno inesperado para o governo: todos os pilotos militares, empobrecidos e furiosos com os cortes criminosos nos seus proventos, meteram baixa médica. O penamacorense Tó Zé Seguro, patrioticamente, apareceu no dia 24 para acalmar os ânimos mas foi insultado por Borges, levou uma paulada do capitão Vasco Lourenço e fugiu. Coelho não desistiu e enviou como mediador o conhecido Matacão da Covilhã, grande figura oportunista do PSD. Mas este foi derrubado por duas pauladas do capitão Vasco e por um violento pontapé no rabo dado por Mário Soares. Entretanto chegaram a Benquerenças, uma aldeia a 4 kms de Castelo Branco, várias unidades policiais e militares, também fustigadas pelos odiados cortes. Pretendiam aderir à nova República. Otelo gritava pelo rádio aos respectivos comandantes «porra, camaradas, dirijam-se a Benquerença, aqui ao pé de Espanha, e deixem Benquerenças em paz!». A confusão é enorme mas toda a gente entende que desta vez os protestos serão violentos. Consta que junto da ribeira da Meimoa estão a ser erguidas dezenas de forcas destinadas aos traidores da Pátria e aos sabujos que todas as noites vêm apoiando nas televisões, em proveito próprio, as perseguições de Passos aos servidores do Estado. A situação neste momento é preocupante. Na fronteira espanhola estão 100.000 militares em manobras. Cagado de medo, Passos pediu ajuda a Inglaterra, alegando uma aliança de séculos que os ingleses dizem desconhecer. Penamacor, em 30 de Junho de 2014.

sábado, 3 de maio de 2014

Como os gregos odeiam a Troika

Um país mal governado, uma corrupção política semelhante à portuguesa, uma dívida pública explosiva e a falência total do sistema. Depois apareceram as receitas da Troika. Será que em Atenas ainda se paga por uma bica num Café de esquina uma exorbitância de 4 a 5 euros? 

quinta-feira, 1 de maio de 2014

Um reaccionário contra a corrente?

Ontem deixei Lisboa e vim à terra dos meus avós. E hoje, quando saí de manhã, notei um alarido anormal nas ruas. Primeiro foi um grande magote de homens e mulheres ruidosos, todos de certa idade, bem trajados e de bom aspecto, talvez professores reformados e do activo misturados, que vinham não sei de onde e iam não sei para onde. Depois, já na parte norte da cidade, vi-me a rumar contra uma interminável multidão. Milhares e milhares de pessoas, talvez vindas das povoações da encosta, que invadiam passeios e ruas. Velhos e novos, homens, mulheres e crianças, alguns até arrastavam carrinhos de bebés. Todos na direcção do largo da Câmara Municipal, provavelmente o mesmo sítio para onde se dirigia o tal grupo de possíveis professores. Eu era a única pessoa que caminhava na direcção oposta. «Que há para aqui, que revolução é esta?». Até que vi um grupo com uma faixa de pano que dizia «Viva o 1º de Maio». Olhei para o relógio e confirmei «sim, hoje é 1 de Maio… mas para quê tamanha multidão e tanta algazarra?».