sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Portugal, um país com uma administração pública corrupta


A EB 2, 3 Manuel da Maia, em Lisboa, esteve hoje trancada a cadeado e com uma manifestação à porta. Pais e alunos protestam. A confusão instalou-se esta manhã, com os alunos a envolver-se em confrontos com a polícia. O agrupamento Manuel da Maia está assinalado pelo ministério como ‘problemático’. Os erros detectados pelo Ministério levaram à anulação de 44 contratos de professores. Mas pais e alunos estão contra a medida e organizaram, esta sexta-feira, um protesto à porta da escola.
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pikapika
19.10.2012 - 12:40
O Ministério da Educação e Ciência (MEC) anulou os contratos destes docentes porque o director da escola não cumpriu a lei! Portanto, os pais e os alunos deveriam manifestar-se contra o director da escola! Mais: o director que não cumpriu a lei já devia ter sido demitido pelo Ministério! Este e as dezenas ou centenas de directores que não cumpriram a lei! E se o Sr ministro não os demitir então deve ser ele demitido!
Li esta notícia no jornal e a seguir este comentário de um leitor. Portugal é seguramente o país da Europa ocidental com maior nível de corrupção na Administração Pública. Quando são as Escolas a abrir concursos e a admitir professores, o resultado é quase sempre a vigarice total. Entram apenas os amigos e os «com cunha», os candidatos melhor posicionados que se lixem. Muitas centenas de vigarices como esta foram ultimamente cometidas por directores de escolas sem escrúpulos. E o Ministro (que não é cola-cartazes), correctamente, está a pôr as coisas nos seus lugares, esperando-se que os vigaristas sejam castigados e as suas vítimas ressarcidas. No caso da «Manuel da Maia» não foi difícil aos malfeitores que têm o controlo da escola incitarem aquele povito atrasado à desordem, um fenómeno típico de uma zona pobre e problemática.
Os directores de escolas corruptos não são excepção. Nos últimos 10 anos, nenhum concurso terá sido aberto, no âmbito da Administração Local, para admissão nos quadros de engenheiros civis e arquitectos, que não fosse fraudulento. Os candidatos vinham de longe e compreendiam tarde demais que afinal estavam a ser enganados e a colaborar involuntariamente numa farsa. E na própria Administração Central, não tão generalizadamente, os concursos são muitas vezes viciados. Embora essa fraude constitua crime, não há notícia de algum dos criminosos ter sido preso.

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