O mundo está cheio de conflitos e de pobreza. Milhões de seres humanos vivem mal alimentados e inseguros. Os mais esclarecidos, sabendo que existem países na Europa dispostos a dar-lhes guarida, vêm aos milhares tentar a sua sorte. E quando são bem sucedidos, muitos outros aparecem a seguir. Conseguir o estatuto de refugiado ou asilado num país abastado europeu poderá ser um excelente modo de vida.
Ser oficialmente «refugiado» ou «asilado» em Portugal é ter direito, sem trabalhar, a alojamento, alimentação e subsídios de vária ordem, além do acesso gratuito aos sistemas de saúde e de ensino.
Até Dezembro de 2009 António Guterres, ex-primeiro ministro de Portugal e Alto Comissário das Nações Unidas para os Refugiados, havia conseguido convencer o anterior governo a conceder o estatuto de refugiado a 74 pessoas.
Portugal mostrava-se um país acolhedor, havia sempre lugar para mais um! A Ucrânia não reconheceu tal estatuto a alguns imigrantes e expulsou dez afegãos, três etíopes e um somali. Mas o pequeno Portugal acolheu-os de imediato como refugiados.
Teresa Tito Morais, presidente da organização privada «Conselho Português para os Refugiados», tem dado nas vistas ultimamente ao chamar a si todas as televisões e jornais para informá-los de que a sua organização não tem dinheiro para sustentar os seus 130 protegidos, que vem considerando «refugiados» mas que na realidade não o são, pois nenhum deles tem o estatuto de refugiado ou de asilado conferido pela Lei 27/2008, que prevê um processo relativamente moroso.
Teresa Morais criou expectativas a essas pessoas, garantindo-lhes subsídios, alimentação e alojamento indefinidamente. Contava fazer caridade à custa dos dinheiros públicos, pedindo aqui e acolá. Agora, estando o país mergulhado numa gravíssima crise, com centenas de milhar de portugueses em situação de carência, vê-se metida numa alhada. E tenta chutar a sua responsabilidade para o Estado.
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