O descongelamento das promoções dos militares e das forças de segurança, previsto no Orçamento Rectificativo de 2012, abriu uma caixa de Pandora. Funcionários públicos e carreiras especiais como os enfermeiros, professores do ensino básico e secundário, docentes e investigadores do ensino superior exigem que o Governo alargue as promoções e as progressões a todos. "Não compreendemos como é que o Governo diz que os cortes nas remunerações são para todos, para a seguir vir dizer que as promoções são só para alguns", questiona Bettencourt Picanço, presidente do Sindicato dos Quadros Técnicos (STE)."Não vemos qualquer justificação para serem apenas estes. Há muitas carreiras na administração pública que também não têm progressões há vários anos", frisa.
E têm toda a razão. Como têm razão os funcionários da Caixa Geral de Depósitos que entendem que também os funcionários do Banco de Portugal deveriam sofrer o corte dos subsídios de férias e de Natal. E têm razão ainda os que defendem que idênticas medidas draconianas deveriam ser aplicadas aos funcionários de empresas privadas. Vamos assim notando que em Portugal os cidadãos não são tratados com igualdade. De degrau em degrau, o governo vai perdendo credibilidade, se bem que, por enquanto, ainda esteja longe daquele «alcaponismo» anterior, do qual ainda existem uns tantos representantes no parlamento.
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