sábado, 31 de março de 2012

Os hábitos dos meus 20 amigos da internet

Eles entopem-me todos os dias a caixa do correio com vídeos engraçados. Mas sempre que há futebol, como neste momento, largam a internet e correm para os televisores, deixando-me sozinho aqui.

Amanhã é 1 de Abril

Amanhã é o dia 1 de Abril. Dizem os parolos ser o dia das mentiras. E no meio da mediocridade que rege a nossa vida social, há sempre um ranhoso num jornal ou numa televisão que nos anuncia uma aldrabice qualquer, julgando nós ser verdade pelo simples facto de pensarmos que os órgãos de informação servem para dar notícias sérias e não para a palhaçada.

A caixa de Pandora

O descongelamento das promoções dos militares e das forças de segurança, previsto no Orçamento Rectificativo de 2012, abriu uma caixa de Pandora. Funcionários públicos e carreiras especiais como os enfermeiros, professores do ensino básico e secundário, docentes e investigadores do ensino superior exigem que o Governo alargue as promoções e as progressões a todos. "Não compreendemos como é que o Governo diz que os cortes nas remunerações são para todos, para a seguir vir dizer que as promoções são só para alguns", questiona Bettencourt Picanço, presidente do Sindicato dos Quadros Técnicos (STE)."Não vemos qualquer justificação para serem apenas estes. Há muitas carreiras na administração pública que também não têm progressões há vários anos", frisa.
E têm toda a razão. Como têm razão os funcionários da Caixa Geral de Depósitos que entendem que também os funcionários do Banco de Portugal deveriam sofrer o corte dos subsídios de férias e de Natal. E têm razão ainda os que defendem que idênticas medidas draconianas deveriam ser aplicadas aos funcionários de empresas privadas. Vamos assim notando que em Portugal os cidadãos não são tratados com igualdade. De degrau em degrau, o governo vai perdendo credibilidade, se bem que, por enquanto, ainda esteja longe daquele «alcaponismo» anterior, do qual ainda existem uns tantos representantes no parlamento. 

A evidência de um segundo resgate a Portugal

O vice-presidente do Banco Central Europeu (BCE), Vítor Constâncio, admitiu hoje a possibilidade de Portugal vir a precisar de um segundo programa de ajustamento económico, lembrando que tal cenário "tem de estar sempre em avaliação". Nunca tive dúvidas de que, infelizmente, assim será, embora o 1º ministro, para inglês ouvir, diga que não.

Legalizem as drogas em todos os países!

Diz a ONU que a Colômbia produz metade da cocaína consumida a nível mundial. A CIA vai mais longe e fala em dois terços O tráfico de droga movimenta 250 mil milhões de dólares por ano. O Presidente Juan Manuel Santos tem razão quando ousa afirmar que é tempo de rever a política internacional da luta contra a droga. "Se para acabar com a violência relacionada com o tráfico de drogas é preciso legalizar e convencer o resto do mundo de que esta é a solução, concordo…”.  Há muito que defendo, com convicção, que tornar as drogas controladamente baratas e acessíveis faria diminuir drasticamente o número de crimes em países como o Brasil, México e Colômbia, mas também nos EUA e na Europa. 

quarta-feira, 28 de março de 2012

Abaixo o Benfica!

O Benfica foi a única equipa a apresentar-se sem portugueses, das quatro que disputaram ontem os primeiros dois encontros da primeira mão dos quartos de final da Liga dos Campeões. Entre os 44 jogadores que iniciaram as partida oito eram portugueses - N. Morais, H. Pinto e P. Jorge (Apoel), Pepe, Ronaldo e Coentrão (Real Madrid) e P. Ferreira e R. Meireles (Chelsea). Sou português, nascido em Portugal e filho de portugueses, por isso torci pela equipa inglesa.

terça-feira, 27 de março de 2012

Um autarca bondoso e altruísta...

Os jovens chegaram cerca da meia-noite a Castro Verde, depois de uma viagem de autocarro a partir do aeroporto de Lisboa. De acordo com o presidente da Câmara Municipal, Francisco Duarte, “a autarquia está a preparar duas reuniões para amanhã, uma com os alunos e outra com os pais”, dedicada à necessidade de prestar apoio psicológico… “O que está em causa é uma avaliação técnica da situação e a definição de um programa de acompanhamento àqueles jovens”, acrescentou.” 
Todas as primaveras partem para Lloret del Mar, uma localidade próxima de Barcelona, milhares de estudantes portugueses adultos do 12º ano (com 17 a 20 anos de idade), em viagem turística de «fim de curso». Os tempos estão difíceis e não aconselham a que se queime dinheiro inutilmente mas eles e elas continuam a ir para a farra, com o país em crise económica e financeira severa. É uma semanada de barulho, borracheira, droga, sexo, noitadas até às 6 ou 7 da manhã, leviandades, e até comportamentos reprováveis que originam expulsões de hotéis. E, no meio de tanta balbúrdia, de vez em quando um estudante português salta de uma varanda e morre. Aconteceu isso há dois anos e voltou agora a acontecer, desta vez com um dos 21 alunos que na sexta-feira passada saíram da vila de Castro Verde, sede de um município alentejano com 7.000 habitantes cuja Câmara Municipal há muito deveria ter sido extinta, por ser desnecessária e cara para os contribuintes. A família próxima do falecido aluno (e não os colegas deste), aflita e em sofrimento, se for pobre, poderá precisar de acompanhamento psicológico pago pelo Estado, através da Segurança Social, em articulação com o sistema de saúde pública. Mas a Câmara Municipal de Castro Verde nada tem a ver com o assunto! Mesmo assim, num acesso de oportunismo serôdio, o seu presidente (que parece gostar de ser badalado nos órgãos de informação), pôs-se em bicos dos pés e convidou os estudantes a regressarem de avião a Lisboa onde os esperava um autocarro que os transportou às suas casas. Tudo à custa dos dinheiros públicos que jorram do Ministério das Finanças para aquela instituição, saídos dos nossos bolsos. Os estudantes poderiam ter regressado de autocarro, conforme o seu plano turístico, por eles (e não por nós) assumido e suportado. Mas resolveram aproveitar a bondade do sr. presidente… Trata-se de uma ilegalidade grosseira, talvez mesmo de um crime, mas o homem quer lá saber disso! O que interessa é fazer boa figura na terra e saborear o seu momento de glória! Como aquela patarata idiota lá da vila que vi na televisão, com lágrimas de crocodilo, a defender que as 21 «crianças» (aquela malta é adulta, mulherzinha! E aquilo não era uma viagem de estudo mas de turismo e gozo!) deveriam ter ido acompanhadas de professores, para as protegerem!!!

Há décadas, milhares de jovens alentejanos daquele distrito partiram para as guerras de África. Todos foram obrigados a ir. Muitos deles viam companheiros tombar à sua volta e nenhum autarca lhes acudiu! Todos tinham medo e sofriam intensamente com a insegurança e a violência do conflito, desejando regressar à paz das suas terras, mas nenhum presidente de Câmara apareceu para os ajudar! Alguns, traumatizados com os dramas e as mortes que presenciavam, careciam de apoio psicológico, mas nenhum Francisco Duarte se prontificou a resolver-lhes esse problema. Durante os dois anos de desterro forçado, aqueles jovens alentejanos desejavam visitar as suas famílias mas não tinham dinheiro para as viagens de avião, e nenhum autarca se ofereceu para as pagar, mesmo com o dinheiro alheio! Onde estaria então o sr. Duarte, este bondoso e altruísta presidente de Câmara? 

segunda-feira, 26 de março de 2012

Estranha forma de vida

O que poderá ter levado um tibetano de 27 anos de idade a imolar-se hoje pelo fogo em Nova Deli como forma de protesto contra a China?!

Facebook remove beijo gay

Quem é que gostaria de ver uma merda destas no seu monitor? Fez bem o Facebook ao demonstrar que a anormalidade de poucos desagrada a muitos. E esta espécie humana invertida, incentivada por políticos panascas, quer adoptar crianças! Imagina que havias ficado condenado, com 5 ou 6 anos de idade, a presenciar as sujas aberrações destes vermes humanos e a correres o risco de seres violado por eles... Os gays que vivam em paz mas que não envolvam os outros!

sábado, 24 de março de 2012

António Capucho e a necessidade de uma reforma administrativa

Foi ministro da República e presidente da Câmara Municipal de Cascais. Tive-o sempre por um homem sério e sensato. No final de Janeiro de 2010 António Capucho anunciou a suspensão do seu mandato na Câmara invocando "razões de saúde", tendo sido as suas funções assumidas pelo vice-presidente. E pensei então «é mais um homem bom que se afasta da política». Porém, para minha surpresa, ultimamente, tem-se destacado pela formulação de críticas ininteligíveis. A primeira, e menos importante, é dirigida ao seu partido: A direcção nacional vetou-me ao ostracismo, isso é um facto. Eu soube pelos jornais designadamente que tinha deixado de ser membro do conselho de Estado”, “O partido não está interessado em mim, eu não estou motivado para participar nos trabalhos do congresso…” Mas, tendo ele abandonado o cargo de presidente da Câmara por razões de saúde, que persistiam um ano depois, segundo declarou, que lugares públicos desejaria ele agora ocupar?! Se lhe fosse dado um relevante lugar no Estado, não iria ele pouco depois demitir-se invocando as mesmas razões de saúde?
Mas a sua crítica pública mais grave, que me parece absurda e lesiva do interesse nacional, é  o facto de ele considerar um «disparate completo» a diminuição do número de freguesias e de municípios!
As Câmaras Municipais, com honrosas excepções, são em geral comandadas por militantes partidários incompetentes e pouco escrupulosos. Têm um funcionamento desregrado e são em número excessivo, não passando muitas delas de instituições sorvedouras de recursos públicos escassos e sítios de favorecimentos, de negócios e de corrupção. Dos 308 municípios actuais, 115 têm menos de 10 mil habitantes e 38 têm menos de 5 mil. Cidadãos esclarecidos e isentos vêm defendendo há muito a redução drástica do número de freguesias e de concelhos. Mas, por mero oportunismo político e eleitoralismo demagogo, governos do pós 25 de Abril, em vez de terem extinto autarquias, criaram novos concelhos e freguesias. Impunemente!
A Dinamarca, em 2004, reduziu o número de municípios de 271 para 98. E em Portugal, no ano de 1836, dos 817 municípios existentes restaram apenas 351. Presentemente, neste ano de 2012, aproveitando a oportunidade única da presença e da pressão legítima da Troika que nos governa, deveria abandonar-se de vez a demagogia e proceder-se a uma célere reforma administrativa que reduzisse para um terço o número de Municípios e de Freguesias. Em muitas localidades, onde agora existem sedes de Câmaras Municipais autónomas passariam a existir delegações subordinadas a outras Câmaras. E nem seria necessário despedir-se funcionários. 

sexta-feira, 23 de março de 2012

Blá...blá...blá...

Cada vez que oiço Cavaco Silva «blá…blá…blá», quase tenho pena dele, diz apenas banalidades. E quanto mais o homem se esforça no sentido de reconquistar o terreno perdido, pior… Por sua vez Seguro, o chefe da oposição, que procura aparecer nos telejornais de todos os dias para subir nas sondagens, não faz melhor figura, apenas dichotes inconsequentes.

quinta-feira, 22 de março de 2012

Este homem saberá o que diz?!

"Os portugueses não merecem os juízes que têm", diz o desembargador Araújo de Barros, candidato à presidência da Associação Sindical dos Juízes Portugueses. Para aquilo que os juízes trabalham e o que sacrificam, explica, a estima da sociedade a quem se dedicam o seu esforço é pouca.

As duas santas

Tocaram a minha campainha, abri a porta e vi duas mulheres com ar de santas. A mais alta disse-me «vimos aqui para comemorar a morte de Cristo». E eu respondi «tenha paciência, minha senhora, eu nunca comemorei a morte de ninguém». E fechei a porta.

quarta-feira, 21 de março de 2012

Mohamed Merah - a tromba do assassino

O bandido que vai dar muito que falar em França é este atrasado mental. Cada vez há mais gente a pensar que a religião de Mohamed é um alfobre de assassinos cruéis  e sem escrúpulos.

Os muçulmanos assassinos

Talvez estejamos a regredir à Idade Média. Os combatentes portugueses em África viam em cada preto um potencial terrorista e presentemente os cristãos vêem em cada muçulmano um potencial e perigoso assassino. Chegará o dia em que os europeus perseguirão até à morte os muçulmanos que vivem na Europa.

terça-feira, 20 de março de 2012

OS REFUGIADOS


O mundo está cheio de conflitos e de pobreza. Milhões de seres humanos vivem mal alimentados e inseguros. Os mais esclarecidos, sabendo que existem países na Europa dispostos a dar-lhes guarida, vêm aos milhares tentar a sua sorte. E quando são bem sucedidos, muitos outros aparecem a seguir. Conseguir o estatuto de refugiado ou asilado num país abastado europeu poderá ser um excelente modo de vida.
Ser oficialmente «refugiado» ou «asilado» em Portugal é ter direito, sem trabalhar, a alojamento, alimentação e subsídios de vária ordem, além do acesso gratuito aos sistemas de saúde e de ensino.
Até Dezembro de 2009 António Guterres, ex-primeiro ministro de Portugal e Alto Comissário das Nações Unidas para os Refugiados, havia conseguido convencer o anterior governo a conceder o estatuto de refugiado a 74 pessoas.
Portugal mostrava-se um país acolhedor, havia sempre lugar para mais um! A Ucrânia não reconheceu tal estatuto a alguns imigrantes e expulsou dez afegãos, três etíopes e um somali. Mas o pequeno Portugal acolheu-os de imediato como refugiados.  
Teresa Tito Morais, presidente da organização privada «Conselho Português para os Refugiados», tem dado nas vistas ultimamente ao chamar a si todas as televisões e jornais para informá-los de que a sua organização não tem dinheiro para sustentar os seus 130 protegidos, que vem considerando «refugiados» mas que na realidade não o são, pois nenhum deles tem o estatuto de refugiado ou de asilado conferido pela Lei 27/2008, que prevê um processo relativamente moroso.
Teresa Morais criou expectativas a essas pessoas, garantindo-lhes subsídios, alimentação e alojamento indefinidamente. Contava fazer caridade à custa dos dinheiros públicos, pedindo aqui e acolá. Agora, estando o país mergulhado numa gravíssima crise, com centenas de milhar de portugueses em situação de carência, vê-se metida numa alhada. E tenta chutar a sua responsabilidade para o Estado.

segunda-feira, 19 de março de 2012

MÉXICO PERIGOSO - 7

Cabeças decapitadas de 10 pessoas, sete homens e três mulheres, foram descobertas no domingo, próximo do mercado municipal de Teloloapan, no Estado de Guerrero, no sul do México. Junto das cabeças foram encontradas mensagens dirigidas ao cartel La Familia, originário do Estado vizinho de Michoacan, segundo disse à AFP o porta-voz. A cidade  situa-se numa zona de difícil acesso e é uma região de conflitos sangrentos entre La Família e uma organização criminosa dissidente, os Cavaleiros Templários, bem como com outros pequenos cartéis de Guerrero.

sábado, 17 de março de 2012

O meu professor

Hoje, depois de quase dois anos de afastamento, encontrei forma de entrar no café do centro cívico. Não notei nenhuma mudança, a disposição das mesas é idêntica. Sentei-me no meu canto preferido. Era ali que, ocasionalmente, tomávamos a bica enquanto conversávamos sobre questões do foro político, e por vezes do âmbito privado. Fora meu professor no secundário e mais tarde ficámos amigos. Como eu detestara a escola primária e depois a secundária! Sentia-me muito mal, enclausurado numa sala de aula, amarrado a uma carteira horas a fio, com curtos intervalos, sempre desatento, queimando o tempo a fazer rabiscos em papéis ou olhando o vazio. Foi num desses intervalos que vi o Vítor do rabecão, muito zangado, a dar um potente murro numa mesa de contraplacado, deixando nela um buraco. A partir daí os colegas do futuro catedrático passaram a chamar-lhe «Pata de Boi». A escola era para mim uma prisão e só ficava aliviado quando ao fim de cada dia me libertava dela. Um dia o arquitecto puniu tal desinteresse com uma verdascada na minha cabeça. Mas nunca lhe recordei esse incidente. Falou-me uma vez da incomodidade causada por sintomas que sugeriam uma doença séria. Disse-lhe que um dos meus amigos, residente numa cidade próxima, havia sofrido exactamente do mesmo mal. Sujeitara-se a uma curta intervenção uma dúzia de anos antes e tudo ficara solucionado. Pediu-me então o seu endereço para trocar impressões com ele. Mais tarde soube que se encontraram mas nunca quis saber pormenores da conversa travada e não voltámos a falar nisso. Via o arquitecto com frequência no trajecto de 300 metros que separavam o seu atelier do café. A última vez foi junto da farmácia, entretanto encerrada. Tencionava voltar a encontrá-lo por ali quando o meu impedimento estivesse ultrapassado. Mas já não fui a tempo. Ele sofreu um grave acidente durante uma curta estadia na sua aldeia transmontana e morreu. Completar-se-ão amanhã oito meses. Sentado, com o «expresso» aberto na mesa do café, recordei aquele dia em que li no jornal da terra uma notícia que envolvia o meu nome. Segundo o estranho texto, numa palestra proferida algures, eu havia criticado grosseiramente a obra do arquitecto, nas suas costas, quando ele estava na capital para tratar de um problema cardíaco. Fora um lapso de um jornalista imbecil. Para desfazer o equívoco, liguei durante dias para o seu telefone mas ainda andava por Lisboa. Depois deixei-lhe uma mensagem na sua caixa do correio. Quando regressou ao trabalho garantiu-me que estava seguro da minha inocência. Fora a mesquinha vingança de um antigo empregado, «velhaco e malcheiroso». Não verei mais o arquitecto Fernando Pinto Sousa, e talvez não volte a entrar naquele café. Restarão as duas garrafas da sua produção de vinho do Douro que teve a gentileza de oferecer-me em anos diferentes. 

sexta-feira, 16 de março de 2012

Um país de aldrabões

A Caixa Geral de Depósitos (CGD) tenciona fazer este ano "a mesma redução da massa salarial que o resto do sector público", disse hoje à Lusa o presidente do conselho de administração do banco, Faria de Oliveira."É uma aplicação diferente [das regras] para atingir o mesmo resultado. O objectivo dos cortes salariais era obter uma determinada redução da massa salarial. Isso pode ser conseguido por várias modalidades", disse Faria de Oliveira. O Ministério das Finanças autorizou a CGD a manter os salários dos seus trabalhadores este ano, desde que reduza os custos com pessoal num montante equivalente ao dos cortes.
Neste país da aldrabice e da vigarice vale tudo. Claro que a redução da massa salarial que estes tipos juram respeitar, com a colaboração do Gaspar das Finanças, resulta apenas da reforma de trabalhadores e da cessação de contratos a prazo, nesta fase de crise em que a banca tem um número excessivo de funcionários. O que mais chateia é que estes tipos nos tomam por parvos…

quinta-feira, 15 de março de 2012

O juiz que não gosta do acordo ortográfico

Um juiz do tribunal de Viana do Castelo emitiu uma ordem de serviço proibindo a utilização da grafia do novo acordo ortográfico. A  decisão do juiz Rui Estrela Oliveira consta de uma ordem de serviço datada de 23 de Janeiro deste ano e aplica-se a todos os processos e tramitações do segundo Juízo Civil daquele tribunal, sendo justificada pelo próprio, em entrevista à Lusa, como uma “questão eminentemente jurídica”. O juiz recorda a resolução do Conselho de Ministros de Dezembro de 2010, que “determina que, a partir de 1 de Janeiro de 2012, o Governo e todos os serviços, organismos e entidades sujeitos aos poderes de direcção, superintendência e tutela do Governo aplicam a grafia do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa”, para concluir: “Esta antecipação de efeitos não engloba os tribunais, porque não fazem parte do Governo. Não são superintendidos, não são dirigidos nem são tutelados pelo Governo”.
A letra da mal amanhada lei é palavrosa e tosca mas a sua intenção é clara, óbvia, impõe o cumprimento do acordo ortográfico a todos os serviços do Estado, incluindo tribunais, a partir de 1-1-2012. No caso, a lógica e a intenção do legislador vão nesse sentido. Qualquer estudante de direito com mediana inteligência descobre isso à vista desarmada. Só que este juiz, tal como eu, não gosta do acordo. Não gosta e pronto! O homem está equivocado quando diz que o acordo não se aplica ao seu serviço por razões de ordem jurídica. Está convencido de que a sua ilustríssima pessoa constitui uma parte relevante de um órgão de soberania (poder judicial) distinto do governo (poder executivo), do parlamento (poder legislativo) e do Presidente da República. Não será apenas o Sr. Rui Estrela que tem tal convicção, existirão muitos outros. Eles são vítimas de um excesso de pretensiosismo (alguns, quando ingressados nas magistraturas, sentem-se imponentes, com o rei na barriga). Claro que os tribunais terão de ser independentes dos outros poderes! Se o não fossem, muitos governantes  cola-cartazes ordenariam aos juízes que, nos seus julgamentos, favorecessem os familiares e amigos deles! E mesmo com essa «independência», constitucionalmente imposta, alguns magistrados mostram-se muito pouco independentes e favorecem quem detém o poder, como temos visto. Aquele juiz rebelde de Viana do Castelo não é uma parte de um órgão de soberania, ele é tão só um mero servidor do Estado com um estatuto de independência adequado às funções profissionais que desempenha. O órgão de soberania  não é ele, nem sequer o conjunto de juízes e agentes do Ministério Público (agora ditos procuradores). O órgão de soberania é o poder judicial em si, são os tribunais, abstractamente considerados, e não cada um dos seus servidores nem o conjunto deles. A referida resolução do CM aplica-se a todos os funcionários do Estado, incluindo os magistrados e trabalhadores judiciais. Seria absurdo que uns serviços do Estado fossem obrigados a aplicar o acordo e outros não. Porque não foi este juiz às minhas aulas na Independente?! Lembremos o que diz a Constituição da República.
Artigo 110.º(Órgãos de soberania)
1. São órgãos de soberania o Presidente da República, a Assembleia da República, o Governo e os Tribunais.
2. A formação, a composição, a competência e o funcionamento dos órgãos de soberania são os definidos na Constituição.
Artigo 202.º (Função jurisdicional)  
1. Os tribunais são os órgãos de soberania com competência para administrar a justiça em nome do povo.
2. Na administração da justiça incumbe aos tribunais assegurar a defesa dos direitos e interesses legalmente protegidos dos cidadãos, reprimir a violação da legalidade democrática e dirimir os conflitos de interesses públicos e privados.
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quarta-feira, 14 de março de 2012

Os negócios ruinosos para o País dos militantes partidários

A Lusoponte entregou um pedido de indemnização por parte do Estado no valor de 100 milhões de euros, revelou hoje o Secretário de Estado dos Obras Publicas, Transportes e Comunicações, Sérgio Silva Monteiro. De acordo com o governante, o pedido de indemnização da empresa da Mota Engil (para onde saltou o socialista Jorge Coelho, amigo de Sócrates) deve-se ao facto de o anterior governo ter assinado em 2008 um acordo em que se compromete a compensar a Lusoponte pelo «risco de variação dos impostos».Segundo Sérgio Silva Monteiro, este pedido de indemnização compreende apenas o período entre 2008 e 2012.    (publicado pelo« Sol»)

Sérgio Monteiro, durante uma audição na Comissão Parlamentar de Economia sobre a questão da Lusoponte, indicou hoje que os contratos de concessão rodoviária com a Mota-Engil não tinham risco para o Estado mas foram alterados, em 2010, para acomodar eventuais alterações na carga fiscal (publicado pelo «Público»).

terça-feira, 13 de março de 2012

Uma dúvida dos diabos

Diz o «Expresso» on line que Paulo Caetano, antigo administrador da Fomentinvest, empresa onde trabalhava Passos Coelho, foi nomeado para vogal da administração da AdP Energia, do grupo Águas de Portugal. Paulo Caetano estava ligado à área das energias renováveis na empresa presidida por Ângelo Correia. A Fomentinvest actua nas áreas do ambiente, energia, mercado de carbono e mudanças climáticas.
Foi demitido o secretário de estado da energia Henrique Gomes por defender os consumidores contra os lucros fabulosos dos produtores de electricidade (em especial a eólica) com que os socialistas os presentearam. Afinal, sabemos agora, Coelho trabalhava numa empresa presidida pelo seu mentor político e ligada à tal área das «renováveis» que beneficia de lucros excessivos saídos dos nossos bolsos. Será que esse facto terá alguma influência nas decisões do primeiro-ministro sobre a matéria?


segunda-feira, 12 de março de 2012

Passos julga que os mercados são estúpidos

Vou lendo e ouvindo as declarações dos grandes economistas e compreendo que a situação financeira da Europa, e em particular a de Portugal, continua altamente periclitante. De um momento para o outro poderemos mergulhar naquele abismo que tanto tememos. No entanto, e apenas para os mercados ouvirem …
O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, garantiu que não pede mais tempo nem mais dinheiro à 'troika' em duas entrevistas à imprensa sueca, e que Portugal regressará aos mercados em Setembro de 2013.
Certo é que ninguém acredita nisso, pois
Portugal lidera hoje o "clube da bancarrota" (TOP 10 dos países com mais alta probabilidade de entrarem em incumprimento da sua dívida soberana num horizonte de cinco anos).
Além disso, na Irlanda, onde as coisas não são tão negras,
O ministro das Finanças confirmou que está em negociações com a troika internacional para reestruturar as dívidas do sistema bancário. O objectivo é que estas possam ser pagas num prazo mais amplo, a taxas de juro mais baixas.

sábado, 10 de março de 2012

Excepções e adaptações, um paleio destinado a baralhar tolos

Adicionar legenda
As manutenções de salários permitidas pelo Governo para os trabalhadores da TAP e da Caixa Geral de Depósitos não são excepções mas sim adaptações, considerou neste sábado o ministro dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas.
Este chico-esperto julga que os outros são parvos. Os restantes servidores do Estado, que viram os seus vencimentos cortados, também desejam essas «adaptações» (de preferência iguais às que foram aplicadas no Banco de Portugal), estando dispostos a prescindir de «excepções»…

Polícias bandidos à solta em Portugal

Polícias lideravam gang de romenosPolícia Judiciária apanhou dois polícias envolvidos em esquema criminoso (título do «Correio da Manhã» de hoje)
Afinal, o perigoso e bem organizado gang de 24 criminosos romenos que praticavam assaltos de norte a sul do País era comandado por dois grandes bandidos, polícias portugueses colocados na mesma esquadra da PSP. Se isto acontecesse num país exigente, como a China, para bem de todos nós e para dignificação da Autoridade, esses criminosos fardados seriam executados, sem apelo nem agravo.

quarta-feira, 7 de março de 2012

Jorge Sampaio, as ricas prendas que ele recebeu e a roupa suja lavada nos blogues, nos jornais e nos tribunais

Bastará abrirmos estes links e lermos tudo atentamente para concluirmos que jamais um funcionário público ou um membro de um órgão de soberania deveria tomar como suas as ofertas que lhe são feitas no exercício de cargos públicos, em serviço da Nação. É uma pena que, quando se fala de prendas, o nome de Jorge Sampaio circule nos tribunais... Os 26 membros de juntas de freguesia que, usando dinheiros públicos, ofereceram um relógio de ouro ao então presidente da Câmara Avelino Ferreira Torres foram acusados do crime de peculato e julgados em tribunal  (abrir penúltimo link abaixo). Mas se Sampaio e Catroga recebem, porque não poderei eu receber?, perguntou (o já condenado com pena de prisão de 3 anos) Avelino Ferreira Torres. Uma vergonha...
http://www.publico.pt/Sociedade/maria-jose-ritta-diz-nao-ter-memoria-de-ter-recebido-joia-de-presente-1536781

As estranhas excepções deste timorato Governo - 2


Basílio Horta avisa o Governo mas este continua a atemorizar-se perante aqueles que lhe batem o pé com mais força. Tudo começou com a incompreensível excepção para os funcionários do Banco de Portugal. Seguiu-se a excepção para os militares e outros servidores armados. Agora é a excepção para os funcionários da TAP, depois de estes terem feito um barulho e ameaças dos diabos. Conhecendo a fragilidade do Governo da República, forte para os fracos e fraco para os fortes, Carlos César, presidente do governo regional dos Açores, veio a Lisboa dizer que tem dinheiro de sobra e que não é preciso que os açorianos sejam submetidos à mesma austeridade dos continentais. Claro que por ali há dinheiro a mais! Mas este resulta não daquilo que os ilhéus produzem mas do dinheiro em excesso que lhes é enviado de Lisboa, à custa do emagrecimento dos continentais.
http://www.asjp.pt/2012/01/11/banco-de-portugal-vai-manter-subsidios/
http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=537855
http://economico.sapo.pt/noticias/protestos-da-policia-travam-cortes-no-mai_127841.html
http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/nacional/portugal/promovidos-104-oficiais-da-gnr

domingo, 4 de março de 2012

Brincam com o fogo - 5 (3ª guerra mundial no próximo Verão?)

O presidente dos Estados Unidos afirmou hoje que não hesitará em atacar o Irão para o impedir de fabricar armas nucleares… O presidente norte-americano pediu a Israel mais tempo para que as sanções internacionais isolem ainda mais o Irão. "Este é o momento de permitir que a nossa pressão reforçada faça efeito e de sustentar a ampla coligação internacional que construímos", acrescentou. Obama falou depois de o presidente de Israel, Shimon Peres, se ter dirigido ao congresso para afirmar que Israel "vencerá" se for obrigado a combater o Irão, um regime "diabólico, cruel e moralmente corrupto"."O regime iraniano baseia-se na destruição", disse Peres, acrescentando que o Irão "é o centro, o mecenas e financiador do terror no mundo". Essas afirmações ocorrem num contexto de repetidas declarações de responsáveis israelitas sobre um possível ataque unilateral ao Irão para o impedir de conseguir progressos irreversíveis com vista ao fabrico de uma arma atómica.