sábado, 14 de dezembro de 2013

A Reforma do Estado e a necessidade de redução (indesejada pelos partidos) em dois terços do número de Câmaras Municipais

Apesar de tudo, parece não haver no Governo nenhum descendente ideológico de Hitler. Este, para reduzir a despesa com a saúde em 50%, seria tentado a fechar 50% dos hospitais e a enviar 50% dos doentes para fornos crematórios. E para reduzir a despesa com os reformados que não pertencessem à sua confraria, talvez decretasse que, no ano da aposentação, cada requerente fosse chamado ao Centro de Saúde para levar uma injecção atrás da orelha. Mas pondo de lado essa ainda, por enquanto, improvável hipótese de radicalismo nazi, é óbvio que a Troika que nos governa terá de impor medidas racionais e justas. A mais importante consistirá na introdução de alterações profundas no sistema político-partidário de modo a travar o acesso fácil da mediocridade ao Poder e a pôr termo à elevada corrupção instalada. Depois haverá que eliminar numerosas instituições públicas e privadas inúteis, dependuradas no erário público, como por exemplo algumas universidades e politécnicos e respectivas delegações (ou «pólos»), cessando o caudal de dinheiro para as escolas privadas amigalhaças de marmanjos com o focinho metido na gamela do Poder, extinguindo-se ainda todas as escolas que funcionam mal, sobretudo na área do ensino superior abandalhado. Um dos grandes pilares da reforma do Estado passará necessariamente pela redução em dois terços das actuais 308 Câmaras Municipais, podendo-se reduzir ou não o número de Concelhos. Recorde-se que dos 826 Concelhos existentes em finais do século dezoito, em 1911 restavam apenas 291, após reformas administrativas profundas que os cola-cartazes  não querem agora fazer, apesar das pressões da troika nesse sentido. Tudo com o apoio do PCP, o maior «empregador»...
Com a instituição de uma democracia corrupta em Portugal, as Câmaras Municipais transformaram-se em sorvedouras de dinheiro público. Proliferam iniciativas dispendiosas e inúteis tais como as criminosas passeatas pelo mundo, os pavilhões gimnodesportivos espalhados por povoações desabitadas, empresas públicas para empregar amigos, companheiros e camaradas, etc. As autarquias são instituições do Estado envolvidas, na sua esmagadora maioria, em actos de favoritismo e corrupção que lesam o País e que muito raramente chegam à Justiça que temos, desatenta ou condescendente. E quando alguns autarcas corruptos têm o azar de ser apanhados nas malhas dessa Justiça, os bons advogados dos criminosos conseguem obter penas insignificantes, correspondentes apenas a uma pequena parte do muito que roubaram. Ninguém acredita na generalidade dos autarcas. Não existem concursos sérios, é tudo falseado. Quando abrem concurso para admissão de arquitectos ou engenheiros para o quadro das autarquias, os escolhidos já estão fraudulentamente na cabeça do júri, um crime que fica sempre impune. E não são apenas as Câmaras do PS ou do PSD que procedem assim, são também as do PCP.
Extintas cerca de 200 Câmaras e respectivas vereações que estão a mais, poderá evitar-se despedir os funcionários honestos que não entraram pela porta do cavalo, bastando colocá-los em serviços públicos onde sejam necessários. Em cada Concelho privado de sede camarária haveria uma delegação de uma Câmara Municipal próxima, empregando os funcionários estritamente necessários, sem presidentes nem vereadores que são, em grande parte, pessoas sem qualquer preparação nem idoneidade. Vale a pena abrir o link seguinte, apontar o cursor, e ver o número de habitantes e de funcionários por cada Câmara. Note-se como o PCP mete nas «suas» autarquias os amigalhaços todos, sem pudor!

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