É um espectáculo
deprimente. Quando o Cão Maior e o Cão a Seguir, depois de uma prelecção na choça, soltam a matilha, esta
ataca em todas as direcções, farejando tudo quanto é sítio e ladrando em
uníssono a mesma ladainha. «Ão, Ão, Ão, viva a requalificação, Ão, Ão, Ão, viva a convergência!».
Atrás deles vão montes de rafeiros gulosos e velhacos, dispostos a chafurdar na expectativa de um osso imundo, ganindo os mesmos arrotos dos primeiros, conspurcando-se, defendendo o indefensável, nos jornais, nas televisões e nos cafés. Tantos cães!
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