domingo, 16 de agosto de 2015

Jazz

Comprei na loja dos chineses um despertador barato mas eficaz. Acorda-me com «jaz». Por mais profundo que seja o sono, por mais que ressone, o jazz arranca e eu acordo. Infalivelmente. Fico mal disposto mas bem acordado. Os negros de Nova Orleães inventaram esse tipo de barulho «musical» e alguns palermas brancos de orelha dura trouxeram-no para a Europa apontando-o como sendo o cúmulo da arte. Um ruido tão insuportável que se tivesse de escolher entre 10 meses na cela 45 e 1 mês de jazz, eu optaria pela 45. Uns berros e uns guinchos humanos estridentes misturados com umas trombonetadas e saxofonetadas indigestas. Pior ainda do que a missa dominical da RDP às 8 da manhã ou os fados da Amália e da Maria Carpideira.

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