Comprei na loja dos
chineses um despertador barato mas eficaz. Acorda-me com «jaz». Por mais
profundo que seja o sono, por mais que ressone, o jazz arranca e eu acordo. Infalivelmente.
Fico mal disposto mas bem acordado. Os negros de Nova Orleães inventaram esse
tipo de barulho «musical» e alguns palermas brancos de orelha dura trouxeram-no
para a Europa apontando-o como sendo o cúmulo da arte. Um ruido tão insuportável
que se tivesse de escolher entre 10 meses na cela 45 e 1 mês de jazz, eu
optaria pela 45. Uns berros e uns guinchos humanos estridentes misturados com umas
trombonetadas e saxofonetadas indigestas. Pior ainda do que a missa dominical
da RDP às 8 da manhã ou os fados da Amália e da Maria Carpideira.
Sem comentários:
Enviar um comentário