quinta-feira, 27 de junho de 2013

O Brasil e as democracias dos ladrões

Hilter foi um bárbaro assassino mas nunca um ladrão. Mussolini, que se aproximou estrategicamente de Hitler, apostando no cavalo errado, inventou uma forma de fascismo a que aderiram grandes massas de carneiros italianos, mas foi um ditador pessoalmente íntegro, tal como o general Franco em Espanha. Salazar, que atirou duramente a sua PIDE contra os comunistas portugueses, foi um ditador-estadista, rodeado de lambe-botas, mas de uma honestidade pessoal irrepreensível. Ao invés, as democracias que se formaram no sul da Europa, em África (o exemplo de Angola é agora o mais flagrante) e na América Latina, são alimentadas por bandos de gatunos que enchem os bolsos deles e os dos amigos, com prejuízo dos cidadãos. O Brasil não foge a essa maldição. A corrupção está profundamente entranhada no seu tecido social e político. E os cidadãos brasileiros há muito sabem disso e, calados durante décadas, já não se conformam com tal destino. Que o digam os bem informados taxistas locais, tal como acontece com os sábios barbeiros portugueses. Dilma Rousseff teve de meter no seu governo uma legião de corruptos que lhe foram impostos pelo seu chefe e antecessor, o simpático Lula, agora considerado tão ladrão como os maiores ladrões da história da antiga colónia portuguesa. E em vez de empenhar-se pessoalmente no combate à corrupção, preparava o silenciamento da Justiça que fazia frente ao flagelo. Os grandes ladrões, só se sabe que o são, quando a Justiça é forte, eficaz, justa e imparcial. Milhões de cidadãos estão a sair às ruas para defender esta Instituição. Os portugueses acompanham os seus movimentos para, mais tarde ou mais cedo, lhes seguirem o exemplo.

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