O Brasil é um dos países mais
violentos do mundo e também aquele que tem uma das classes políticas mais
corruptas à face da Terra. O Lula, que foi em jovem um miserável inculto, inspira-me
desde sempre alguma simpatia, e tenho pena de que, na recta final da sua vida, esteja
preso. Ele que ainda há poucos anos era o mais importante do Brasil, adulado em muitos países estrangeiros, mesmo quando toda a gente já sabia que o homem se transformara no
chefe duma extensa quadrilha de políticos e empresários corruptos ligados ao Partido
dos Trabalhadores. O capitão Bolsonaro é considerado um homem sério e um militarista
convicto e radical. Mas defende aquilo que agrada presentemente à maioria: a instituição da prisão perpétua
e eventualmente a aplicação da pena de morte aos criminosos mais hediondos; um combate duro às centenas de milhares de bandidos armados; e a perseguição dos ladrões políticos que conspurcam a sociedade. É assim compreensível que arraste o
voto duma esmagadora maioria de cidadãos que prefere a incerteza do
desconhecido à certeza da insegurança e da gatunagem existentes. Eu, nas
circunstâncias, se fosse brasileiro e obrigado a votar, também optaria por
Bolsonaro. Julgo que no próximo domingo ele poderá obter não apenas os 57% dos
votos agora atribuídos pelas sondagens mas cerca de 70%. Os restantes 30% estarão associados
aos intelectuais esquerdistas, aos que beneficiam da corrupção, aos 10% de homo e bissexuais, aos criminosos
que assaltam e matam impunemente, e aos muitos desgraçados que sobrevivem
unicamente com os parcos subsídios que o Estado lhes concede desde o reinado de Lula.
Há uns largos anos, enchi-me de coragem, deixei no hotel os poucos valores que transportava e, sozinho, comecei a subir a rua asfaltada que sai de Copacabana para a extensa favela que cobre a encosta. Percorridos uns 500 metros, cruzei-me com uma velha senhora que descia a rua e que me falou da sua vida problemática na favela. Não conseguindo imitar o sotaque brasileiro e tentando passar despercebido, ouvi tudo com respeito mas optei por ficar calado. Ao retomar a marcha, a senhora disse-me «não suba mais porque que isto por aqui é muito perigoso para si...». Avancei mais uns metros e desisti da minha incursão naquele mundo estranho. Compreendi melhor porque grande parte dos edifícios de Copacabana estavam cercados de altos gradeamentos de ferro e guardados por seguranças armados de metralhadoras.
ResponderEliminarO meu primeiro contacto com o Rio de Janeiro foi o aeroporto. Procurei uma agência bancária para comprar reais, situada dentro do edifício. E, ao entrar, fiquei surpreendido pelo facto de estar um corpulento segurança negro, armado de metralhadora, dentro dum caixote de ferro. Apercebendo-se da minha hesitação, o homem ordenou-me que me metesse na fila...
ResponderEliminardizem as sondagens agora que o povo está a descobrir que o Bolsonaro é perigoso e mais vale votar no representante dos ladrões e da insegurança extrema...
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