domingo, 29 de outubro de 2017

Marcelo Rebelo de Sousa exige que país não volte a falhar

Ele mandaria as mesmas bocas se o País fosse parcialmente liquidado por um mortífero bombardeamento de raios gama vindo das profundezas do espaço sideral, por um grande tremor de terra gerado no centro do globo, ou mesmo por um destruidor furacão formado nos céus. Para manter altas as sondagens da sua popularidade o homem julga que terá, além de falar demais (o meu primo chama-lhe «o matraca»), espalhar excessivas beijocas e apertados abraços por tudo quanto é sítio. E é capaz de beijocar com o mesmo frenesim tanto os cristãos pacíficos que vivem nas suas terras a arder como os invasores  e potenciais assassinos islâmicos que vêm para a Europa viver à nossa custa e impor a sua civilização medieval. Agora decidiu especializar-se em atirar as culpas de eventos naturais catastróficos, não controláveis, ao governo em funções (competente ou medíocre). A seca extrema das florestas, que muitos incendeiam com dolo ou negligência, juntamente com ventos ciclónicos que sopram em todas as direcções, são condições jamais vistas em Portugal que provocam em poucos minutos ou em poucas horas destruições e mortes maciças, de forma inevitável, tornando completamente inúteis os melhores bombeiros do mundo e os mais eficazes aviões. Marcelo, católico convicto, é sério em matéria de dinheiros públicos. Mas tem um passado de inabilidades e traições políticas. Gosta de apresentar-se como um saloio nortenho, das bandas de Celorico de Basto, mas na verdade é um típico lisboeta da classe alta e filho de um importante ministro lisboeta de Marcelo Caetano (de quem herdou o nome) e de uma covilhanense pouco conhecida. Foi um brilhante estudante de Direito e um razoável comentador, mas nunca deixou de ser um inábil político, sem uma visão de futuro para Portugal e para a Europa. Teve apenas o condão de aproveitar sabiamente as circunstâncias favoráveis que o conduziram sem luta ao lugar de P.R. Está errado ao ver nos incêndios a sua grande oportunidade de brilhar acima de tudo e de todos, e de insinuar a ideia de que os incendiários foram os membros do governo, defendendo que as vítimas terão de ser imediatamente indemnizadas (e não ajudadas) pelos contribuintes. https://sol.sapo.pt/artigo/586601/marcelo-rebelo-de-sousa-exige-que-pais-nao-volte-a-falhar

1 comentário:

  1. O certo é que, por enquanto, prefiro Marcelo a Cavaco Silva. E assim continuarei desde que acabe de vez com as ridículas beijocadas e com o oportunismo político que cheira a falso.

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